Um casal foi encontrado morto, na noite desta terça-feira, dia 22, em um apartamento no Leblon, no Rio de Janeiro. Mateus Correia Viana e Nathalia Guzzardi Marques, ambos de 30 anos, estavam no box do banheiro do apartamento.
Informações preliminares da 14ª DP indicam que a causa da morte foi intoxicação por um vazamento de gás, pois o aquecedor de água fica dentro do cômodo. De acordo com a perícia feita de madrugada, não há sinais de que a residência tenha sido arrombada ou invadida. Segundo os peritos, um problema no exaustor do aquecedor pode ter causado as mortes. Os dois teriam inalado monóxido de carbono.
Nathalia estava desaparecida desde a última segunda-feira (21). Parentes e amigos já haviam divulgado cartazes em redes sociais em busca de informações. A família se preocupou porque Nathalia, que é psicóloga, é sócia de uma clínica na Freguesia, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, e não desmarcou os pacientes agendados para esta terça-feira nem foi ao trabalho.
“Uma mãe e amiga maravilhosa”
Na segunda-feira (21), Nathalia disse à mãe, Ana Guzzardi, que teria um compromisso naquela tarde, sem detalhar que iria ver Mateus. Ela ainda pediu para a mãe que buscasse o filho, de 8 anos, no colégio, no fim da tarde. Foi a última conversa entre as duas.
Em entrevista ao site Metrópoles, a psicopedagoga de 67 anos lembra que Nathalia havia combinado de ir buscar o filho na casa dela no início da noite de segunda. “Eu não sabia o que era esse compromisso. Ela não veio à noite, liguei [para o celular dela], ela não atendeu. Eu fiquei preocupada, porque ela não é disso”, diz a mãe.
Ana repetiu as tentativas de contato na terça-feira, mas não conseguiu falar com a filha. Foi quando ela ligou para a amiga e sócia da filha, a nutricionista Nayana Scalabrin, que confirmou a ausência dela no local de trabalho. “Eu entrei em desespero, comecei a procurar em hospitais, no IML e fiz registro em uma DDPA [Delegacia de Descoberta de Paradeiros]”, disse a mãe da jovem. A confirmação da morte da filha e de Mateus veio na noite de terça (22/6).
Ana disse que não teve forças para ir ao Instituto Médico Legal (IML) fazer o reconhecimento da filha. “Ela era uma mulher batalhadora, cheia de sonhos e projetos, fazia de tudo pelo filho. Uma mãe e amiga maravilhosa, muito querida por todos. Ela não vai deixar só saudade, vai deixar um buraco enorme na minha vida”, resumiu.