Publicado em 22/04/2018, às 06h10 por Redação Pais&Filhos
Helena Vespero Pazzetti, mãe de Giovana e Enzo, sempre quis ser mãe e acabou conseguindo realizar seu sonho em dobro:
“Sabe aquelas frases feitas como “o que tem que ser, será”? Todas elas se encaixam na minha experiência com a maternidade. Gosto de deixar claro que ser mãe para mim sempre foi, desde muito pequena, projeto de vida. Mas nem sempre os caminhos são fáceis. Desde a adolescência, sempre tive um fluxo menstrual muito forte, dolorido e extremamente curto.
Eu tinha que tomar anticoncepcional para regular minha menstruação. Eu não entendia muito bem o que acontecia, só depois descobri que era porque eu tinha duas ovulações por mês.
A surpresa veio quando fiz meu primeiro exame de ultrassom intravaginal: tenho útero bicorno. Trata-se de uma má-formação do útero. Normalmente ele tem o formato de pera, já o meu é de coração, com uma membrana separando os dois lados. A maioria dos médicos dizia que eu teria problemas para gerar um bebê. Com essa “fenda’’, o feto seria gerado apenas de um lado do útero e não teria espaço suficiente para aguentar até o final da gestação. Confesso que, nessa época, não fiquei tão preocupada. Por um tempo, abstraí mesmo a informação. Mas aí conheci o Alberto. Sabe aquela história da metade da laranja? Junto veio a certeza de querer casar e ter filhos. Combinamos, então de começar as tentativas. Foi programado, sim, mas não levei em consideração todo meu histórico. Engravidei rápido até, e como meu ciclo era totalmente desregulado e menstruei no início, demorei 12 semanas para descobrir a gravidez.
Quando fui fazer o primeiro ultrassom, tivemos uma surpresa: gêmeos. Isso nunca passou pela minha cabeça, porque não tinha feito tratamento e não tinha casos de gêmeos na minha família, nem na do meu marido.
Outra surpresa: a idade gestacional dos dois tinha uma diferença de 15 dias. Depois descobrimos que, como eu ovulo duas vezes ao mês, cada um foi concebido em uma ovulação.
E quanto ao meu útero bicorno? Cada um achou seu lugar, cada bebê estava em um lado do meu “coração uterino”, com uma fenda no meio os separando. Minha gravidez correu superbem, não tive nenhum tipo de problema. Com 33 semanas, eu achei que estava tendo incontinência urinária, mas na verdade tinha rompido a bolsa da Giovana. Tivemos que fazer uma cesárea de urgência.
Meus filhos ficaram 20 dias no hospital para ganhar peso, mas não houve nenhuma doença que tivesse relação com a prematuridade. Sair sem eles do hospital foi muito ruim, ninguém gosta. Mas, até isso acho que fez parte de todo o meu preparo. Quando saíram, eu não tinha mais aquele medo de quem chega em casa com recém-nascido. Dei banho no hospital, o umbigo já tinha caído, era craque em trocar fraldas, enfim, nada é por acaso mesmo.
Confesso que hoje, com as informações que tenho, seria tudo bem diferente. Nem sei se para melhor. Mas o importante é que aquele meu sonho de infância, aquilo que eu queria ser quando crescesse, veio duplamente e com toda a beleza e saúde com que eu jamais sonhei”.
*Publicado na seção “Deu errado mas deu certo” da edição 577 da revista Pais&Filhos
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