Na cidade de Nantong, na China, dezesseis empresas estão sendo processadas por colocar no processo seletivo das candidatas a vagas um teste de gravidez. Os promotores de Tongzhou abriram um processo contra as empresas ao descobrir os registros da exigência dos exames para mulheres que estavam concorrendo à vaga de emprego. Inclusive, uma das mulheres chegou a perder o cargo por estar grávida.

Ao longo da investigação, os promotores do caso visitaram dois hospitais públicos e um laboratório de exames da região, descobrindo que 168 testes de gravidez já haviam sido feitos como parte do processo seletivo das empresas. “Podemos especular a partir dessa evidência que os testes de gravidez foram exigidos por essas empresas e violaram os direitos das mulheres à igualdade de oportunidades de trabalho”, disseram os promotores durante uma entrevista.

Na China, pedir um teste de gravidez para um processo seletivo é proibido por lei, as empresas não podem obrigar que as candidatas a vaga provem que não estão grávidas. Inclusive, uma das mulheres que foi desclassificada nesse período por conta da gravidez foi contratada e ainda pode receber uma indenização financeira pelo dano causado pela empresa.
“Fui demitida no dia que voltei da licença-maternidade depois de 5 minutos”

Márcia Alves, uma advogada dedicada com sete anos de atuação em uma renomada empresa, enfrentou uma situação inesperada ao retornar de sua licença-maternidade.
No primeiro dia de seu retorno, sem sequer reassumir suas funções ou ter a oportunidade de reencontrar seus colegas, Alves foi conduzida diretamente a uma sala de reunião onde recebeu a notícia de seu desligamento.
“No dia que eu retornei da minha licença-maternidade, cheguei na empresa e já fui direto para uma sala de reunião onde aconteceu o meu desligamento. Em cinco minutos, fui desligada de sete anos de empresa. Não tive a oportunidade nem de trabalhar naquele dia, não recebi nem meus equipamentos de volta, nada…” relatou Márcia a UOL.