Publicado em 27/08/2024, às 12h15 por Ana Luiza Messenberg
Conforme vamos atingindo a idade avançada, é normal que alguns neurônios morram e que a memória acabe se afetando. Contudo, existem outros fatores que podem contribuir para isso. Uma pesquisa descobriu que se sentir solitário influencia na perda de memória.
O estudo, feito na Universidade de Waterloo, no Canadá, acompanhou por seis anos quatro diferentes grupos de adultos. O intuito dos pesquisadores era entender qual a influência da solidão e do isolamento social na perda de memória. Os participantes consistia em pessoas que:
Os entrevistados isolados socialmente e solitários apresentaram maior perda na memória. Contudo, os que eram somente solitários tiveram o segundo maior efeito.
Como já sabemos, é comprovado que conexões sociais nos mantêm felizes no processo do envelhecimento, e por isso, é importante lembrar que também devemos permanecer mentalmente ativos, mesmo com ou sem pessoas à nossa volta.
O sentimento de solidão é subjetivo e algumas pessoas podem sentir mesmo quando estão envolvidos em atividades sociais com diversas pessoas. Geralmente é associada à depressão e um maior número nos hormônios do estresse, que contribuem para a memória ruim e a perda de memória.
“Como esperávamos, pessoas que eram socialmente isoladas e solitárias tiveram o maior declínio na memória, que se intensificou ao longo dos seis anos”, explicou o autor principal do artigo, Ji Won Kang. “Mas ficamos surpresos ao descobrir que a solidão sozinha teve o segundo maior impacto na memória, embora muitos estudos relatam os perigos do isolamento social sem considerar a solidão.”, completou.
De acordo com os pesquisadores, os que não se sentem solitários, mas estão isolados socialmente, muitas vezes podem estimular a saúde mental com atividades, como ler, jogar e praticar hobbies que ajudam a memória e estimulam as funções cerebrais, mesmo não participando de atividades que contam com outras pessoas.
O cérebro é capaz de realizar a plasticidade, ou seja, mudar a fiação neuronal, durante a vida inteira. Isso quer dizer, que é possível aprender coisas e habilidades novas a qualquer momento e idade. Uma das maneiras de desenvolver ainda mais a plasticidade do cérebro é experimentar coisas novas:
Viajar, aprender um novo idioma ou ler algo auxiliam na melhora da saúde do cérebro. Os exercícios físicos também influenciam no crescimento das células cerebrais. Atividades que exigem estratégia ajudarão no desenvolvimento do córtex pré-frontal. Conhecer pessoas novas também pode ajudar a melhorar a plasticidade cerebral.
Que mudanças no comportamento que envolvem compra e consumo de alimentos podem indicar um sinal de demência frontotemporal (DFT) não é surpresa para ninguém. Mas, de acordo com um estudo feito pela Alzheimer’s Society, um determinado tipo de demência pode afetar a personalidade, o comportamento e a capacidade de se comunicar dos pacientes.
Ainda segundo a pesquisa, pessoas que sofrem desta condição podem apresentar mais vontade de comprar alimentos doces, como chocolates , bolos, refrigerante e balas.
De acordo com cientistas, há diversos motivos para que pessoas diagnosticadas com a doença sintam a necessidade de mais açúcar na dieta.
Isso é devido ao fato de que pessoas com demência apresentam uma perda de uma parte do paladar e do cheiro, tornando a comida menos saborosa. Com isso, os pacientes podem sentir a vontade de comer alimentos mais doces e sabores intensos que compensam a perda. Leia mais clicando aqui.
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