São Paulo criou medidas sanitárias para prevenção e controle da monkeypox nas escolas. Sabemos que quando há algum vírus em circulação, o ambiente escolar é sempre um motivo de preocupação, visto que as crianças estão com o sistema imunológico em desenvolvimento.
O estado paulista concentra quase 65% dos registros no país, até o fechamento desta reportagem, são 2.528 confirmações da doença. Na município já são 1.880 casos confirmados e outros 689 sob análise. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação do Estado ressalta que o protocolo de prevenção à contaminação da doença foi reforçado em todas as escolas da rede.
- Higienização constante das mãos
- Não compartilhar objetos de uso pessoal
- Uso obrigatório de máscara no transporte escolar
- Higienização dos ambientes
- Manter as salas arejadas
- Manter os ambientes ventilados
Segundo o infectologista, Marcelo Otsuka, pai de Marcelo, Murilo, Henrique e Mariana, o diagnóstico é outra questão fundamental para conter a transmissão da doença. “Os casos estão crescendo rapidamente e que se os critérios básicos de diagnóstico – ou seja a testagem – não forem feitas corretamente a doença pode sim ganhar grandes proporções”. E completa: “A partir do momento que nós temos o diagnóstico, existe um segundo ponto, que é o que a gente chama de rastreio. Ou seja, após a pessoa ser identificada com a doença é necessário testar todos que tiveram contato com ela, acompanhar e orientar. Se elas desenvolverem a doença em algum momento, elas também precisam ficar isoladas.”
A Seduc informa ainda que todos os casos suspeitos e confirmados deverão ser notificados à Vigilância Epidemiológica. “As pessoas com diagnóstico confirmado são afastadas conforme determinação médica, devendo cumprir o isolamento em casa com o monitoramento pelo serviço público de saúde. Pessoas que tiveram contato com os pacientes diagnosticados também podem ser afastados de suas atividades, conforme orientação dos profissionais de saúde”, diz a nota.
Na capital paulista, um documento elaborado pela Saúde em parceria com a Educação Municipal também foi enviado às escolas com o objetivo de intensificar a higienização de superfícies e objetos, especialmente os de uso comum, manter os ambientes bem arejados e ventilados, disponibilizar recipientes abastecidos com álcool em gel 70% ou pias com água e sabão para lavagem das mãos.
Entretanto, para a educação infantil há algumas recomendações específicas, como separar as crianças em grupos ou turmas fixas, evitar que sejam realizadas trocas de participantes dos grupos, recomendar o uso de máscaras por todos maiores de 2 anos de idade durante a permanência na unidade ou no transporte escolar, não compartilhar objetos sem higienização prévia ou objetos de cunho pessoal, como canetas, lápis, celulares entre outros.
Agenda escolar
Ainda assim, conversamos com pais de alunos de diversas escolas que disseram que nenhuma informação chegou ainda até as famílias. O policial militar Fábio Hildefonso Alquimin, pai de Maria Luísa de 7 anos e Marcelo, de 20 anos, é um deles. Ele diz que ainda não recebeu nenhum comunicado da escola que a filha estuda, em um colégio particular, na zona lesta da capital paulista. “Percebo uma preocupação por parte do meu condomínio e até mesmo das fontes de comunicação, mas a escola da minha filha ainda não falou sobre o assunto. Até então, os recados são relacionados ao aumento de crianças infectadas com covid e até mesmo orientações para crianças com piolhos, mas não existe nenhuma mensagem ou recomendação falando da varíola dos macacos que tem aumentado exponencialmente”
A terapeuta integrativa Juliana Petroni, mãe de Eduardo e Giovanna conta que até agora também não recebeu nenhum tipo de comunicação específica sobre a monkeypox, da escola das crianças, que fica zona norte da cidade, mas que acredita que os aprendizados da pandemia da covid-19 são essenciais nesse momento. “Na minha opinião, o maior método para a prevenção é a informação. A escola já vem trabalhando o reforço das medidas de higiene, falando sobre a importância do uso de máscaras por conta da covid-19 e pedindo para as famílias ficarem atentas e não levarem a criança para a escola se tiver algum sintoma. Acredito que todas essas medidas já colaboram para a prevenção de diversas doenças, inclusive a varíola”, afirma.
Já, a empreendedora Carolina Medina, mãe de Victor, de 5 anos, conta que se sentiu mais aliviada quando a escola que seu filho estuda, na zona leste, se manifestou sobre a doença. Segundo ela, a diretoria pediu atenção especial das famílias em relação aos sintomas e aproveitou para esclarecer quais os sintomas da doença com informações oficiais do Ministério da Saúde. “Evitar informações falsas nesse momento é essencial”, conta a mãe.
Vote na Pais&Filhos para o Troféu Mulher Imprensa!
Andressa Simonini, editora-executiva da Pais&Filhos, está concorrendo ao prêmio da categoria Pertencimento e Inovação da 16ª edição do Troféu Mulher Imprensa! Para votar, é muito simples: CLIQUE AQUI e aperte o botão ao lado da foto da Andressa para que ele fique azul. Em seguida, preencha o campo com seus dados e vá até seu email: será preciso confirmar o seu voto clicando em um link. Depois disso, sucesso! Seu voto já foi contabilizado. Obrigada!
Capacitação
Recentemente, a Secretaria Municipal da Saúde da capital paulista treinou mais de 3 mil diretores de escolas para que eles possam identificar os sintomas da varíola dos macacos nos alunos da rede. O primeiro treinamento com os diretores foi online e contou com a participação de médicos, que deram explicações sobre a doença.
Além disso, a orientação é que os profissionais de educação façam diariamente busca ativa (verificação do aparecimento de possíveis sintomas) de casos entre os alunos e ao identificar um estudante com sinais e sintomas compatíveis com a doença acionem imediatamente pais ou responsáveis, e orientem que compareçam à escola levem a criança a uma unidade de saúde. Nesse ínterim, o aluno deve permanecer sob supervisão, com uso de máscara facial bem ajustada cobrindo a boca e o nariz, em local restrito, separado dos demais estudantes.
As escolas particulares também seguem as recomendações das autoridades. “Estamos adotando as recomendações da Secretaria da Saúde, continuar usando álcool gel, muita higiene, e se necessário o uso de máscaras”, esclarece Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo).
Assista agora o POD&tudo, o podcast da Pais&Filhos:
São Paulo criou medidas sanitárias para prevenção e controle da monkeypox nas escolas. Sabemos que quando há algum vírus em circulação, o ambiente escolar é sempre um motivo de preocupação, visto que as crianças estão com o sistema imunológico em desenvolvimento.
O estado paulista concentra quase 65% dos registros no país, até o fechamento desta reportagem, são 2.528 confirmações da doença. Na município já são 1.880 casos confirmados e outros 689 sob análise. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação do Estado ressalta que o protocolo de prevenção à contaminação da doença foi reforçado em todas as escolas da rede.
- Higienização constante das mãos
- Não compartilhar objetos de uso pessoal
- Uso obrigatório de máscara no transporte escolar
- Higienização dos ambientes
- Manter as salas arejadas
- Manter os ambientes ventilados
Segundo o infectologista, Marcelo Otsuka, pai de Marcelo, Murilo, Henrique e Mariana, o diagnóstico é outra questão fundamental para conter a transmissão da doença. “Os casos estão crescendo rapidamente e que se os critérios básicos de diagnóstico – ou seja a testagem – não forem feitas corretamente a doença pode sim ganhar grandes proporções”. E completa: “A partir do momento que nós temos o diagnóstico, existe um segundo ponto, que é o que a gente chama de rastreio. Ou seja, após a pessoa ser identificada com a doença é necessário testar todos que tiveram contato com ela, acompanhar e orientar. Se elas desenvolverem a doença em algum momento, elas também precisam ficar isoladas.”
A Seduc informa ainda que todos os casos suspeitos e confirmados deverão ser notificados à Vigilância Epidemiológica. “As pessoas com diagnóstico confirmado são afastadas conforme determinação médica, devendo cumprir o isolamento em casa com o monitoramento pelo serviço público de saúde. Pessoas que tiveram contato com os pacientes diagnosticados também podem ser afastados de suas atividades, conforme orientação dos profissionais de saúde”, diz a nota.
Na capital paulista, um documento elaborado pela Saúde em parceria com a Educação Municipal também foi enviado às escolas com o objetivo de intensificar a higienização de superfícies e objetos, especialmente os de uso comum, manter os ambientes bem arejados e ventilados, disponibilizar recipientes abastecidos com álcool em gel 70% ou pias com água e sabão para lavagem das mãos.
Entretanto, para a educação infantil há algumas recomendações específicas, como separar as crianças em grupos ou turmas fixas, evitar que sejam realizadas trocas de participantes dos grupos, recomendar o uso de máscaras por todos maiores de 2 anos de idade durante a permanência na unidade ou no transporte escolar, não compartilhar objetos sem higienização prévia ou objetos de cunho pessoal, como canetas, lápis, celulares entre outros.
Agenda escolar
Ainda assim, conversamos com pais de alunos de diversas escolas que disseram que nenhuma informação chegou ainda até as famílias. O policial militar Fábio Hildefonso Alquimin, pai de Maria Luísa de 7 anos e Marcelo, de 20 anos, é um deles. Ele diz que ainda não recebeu nenhum comunicado da escola que a filha estuda, em um colégio particular, na zona lesta da capital paulista. “Percebo uma preocupação por parte do meu condomínio e até mesmo das fontes de comunicação, mas a escola da minha filha ainda não falou sobre o assunto. Até então, os recados são relacionados ao aumento de crianças infectadas com covid e até mesmo orientações para crianças com piolhos, mas não existe nenhuma mensagem ou recomendação falando da varíola dos macacos que tem aumentado exponencialmente”
A terapeuta integrativa Juliana Petroni, mãe de Eduardo e Giovanna conta que até agora também não recebeu nenhum tipo de comunicação específica sobre a monkeypox, da escola das crianças, que fica zona norte da cidade, mas que acredita que os aprendizados da pandemia da covid-19 são essenciais nesse momento. “Na minha opinião, o maior método para a prevenção é a informação. A escola já vem trabalhando o reforço das medidas de higiene, falando sobre a importância do uso de máscaras por conta da covid-19 e pedindo para as famílias ficarem atentas e não levarem a criança para a escola se tiver algum sintoma. Acredito que todas essas medidas já colaboram para a prevenção de diversas doenças, inclusive a varíola”, afirma.
Já, a empreendedora Carolina Medina, mãe de Victor, de 5 anos, conta que se sentiu mais aliviada quando a escola que seu filho estuda, na zona leste, se manifestou sobre a doença. Segundo ela, a diretoria pediu atenção especial das famílias em relação aos sintomas e aproveitou para esclarecer quais os sintomas da doença com informações oficiais do Ministério da Saúde. “Evitar informações falsas nesse momento é essencial”, conta a mãe.
Vote na Pais&Filhos para o Troféu Mulher Imprensa!
Andressa Simonini, editora-executiva da Pais&Filhos, está concorrendo ao prêmio da categoria Pertencimento e Inovação da 16ª edição do Troféu Mulher Imprensa! Para votar, é muito simples: CLIQUE AQUI e aperte o botão ao lado da foto da Andressa para que ele fique azul. Em seguida, preencha o campo com seus dados e vá até seu email: será preciso confirmar o seu voto clicando em um link. Depois disso, sucesso! Seu voto já foi contabilizado. Obrigada!
Capacitação
Recentemente, a Secretaria Municipal da Saúde da capital paulista treinou mais de 3 mil diretores de escolas para que eles possam identificar os sintomas da varíola dos macacos nos alunos da rede. O primeiro treinamento com os diretores foi online e contou com a participação de médicos, que deram explicações sobre a doença.
Além disso, a orientação é que os profissionais de educação façam diariamente busca ativa (verificação do aparecimento de possíveis sintomas) de casos entre os alunos e ao identificar um estudante com sinais e sintomas compatíveis com a doença acionem imediatamente pais ou responsáveis, e orientem que compareçam à escola levem a criança a uma unidade de saúde. Nesse ínterim, o aluno deve permanecer sob supervisão, com uso de máscara facial bem ajustada cobrindo a boca e o nariz, em local restrito, separado dos demais estudantes.
As escolas particulares também seguem as recomendações das autoridades. “Estamos adotando as recomendações da Secretaria da Saúde, continuar usando álcool gel, muita higiene, e se necessário o uso de máscaras”, esclarece Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo).