Cada vez mais pessoas estão se tornado vegetarianas, seja por motivos de sustentabilidade, de saúde ou pela defesa dos animais. É isso mesmo que você leu! De acordo com pesquisa do IBOPE para a Sociedade Brasileira Vegetariana (SBV), quase 30 milhões de brasileiros optam por esse tipo de alimentação.
Em relação à nutrição, os benefícios da alimentação vegetariana para a saúde são cada vez maiores e estão sendo reconhecidos por grandes organizações – como a Organização Mundial de Saúde (OMS), que se pronunciou sobre os riscos do consumo elevado de carnes. Como, por exemplo, em 2015, a OMS classificou as carnes processadas como produtos que podem estimular o aparecimento de câncer.
Já a Faculdade de Saúde Pública da USP mostrou, em um estudo estudo feito com 4.500 adultos brasileiros, que as pessoas que consumiam regularmente mais proteína vegetal tinham quase 60% menos chances de apresentarem placa nas artérias do coração do que os que consumiam mais proteína de origem animal. Esse resultado de acúmulo de placa é usado para avaliar o risco de doenças do coração.
A ‘Nutrition 2018’, reunião inaugural da ‘American Society for Nutrition’, que aconteceu há pouco tempo nos Estados Unidos, também não ficou de fora do assunto. Nela, foram apresentados vários estudos científicos internacionais sobre alimentação e saúde, sendo um deles o do Centro Universitário Erasmus, com quase 6.000 pessoas. Ele confirmou os resultados da pesquisa feita na USP, concluindo menor risco de placas no coração para as pessoas que consomem proteínas vegetais.
Dicas para diminuir o consumo de carne
Muitas pessoas são simpatizantes do movimento vegetariano ou vegano, mas não sabem por onde começar. Prova disso é uma pesquisa do Datafolha de 2017, que mostrou que 63% dos brasileiros quer reduzir o consumo de carne. Uma das principais dúvidas, é a de quais substituições fazer. Se você é uma delas, anote: a nossa primeira dica é procurar um nutricionista. Esse profissional vai te prescrever todos os exames necessários, te indicar uma rotina de alimentação balanceada e fazendo suplementação caso seja necessário. Outra dica é que a pessoa vá com calma e retire a carne aos poucos de sua dieta, já que o corpo precisa de um período para fazer a transição. Além disso, é preciso aumentar o consumo de vegetais e variar bastante o cardápio para conseguir a qualidade e a quantidade de nutrientes fundamentais.
Acredite, é mais fácil do que você pensa. Comer coisas naturais vai te ajudar muito, bem como comidinha de avó: arroz, feijão, salada e legumes, com uma fruta de sobremesa. A mistura do arroz com feijão forma uma importante combinação que fornece todos os aminoácidos essenciais para o corpo. Outras leguminosas como lentilha, ervilha, soja e grão de bico também ajudam a resultar aminoácidos semelhantes aos oferecidos pelas proteínas animais. Cogumelos, quinua e amaranto são outras ótimas fontes de proteína vegetal.
E aí, dá pra tentar?
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