
Já está comprovado que o racismo afeta, sim, a saúde mental, o comportamento e o desenvolvimento de pessoas negras. Agora, estudiosos da Academia Americana de Pediatria provou de uma vez por todas que esse tipo de preconceito começa a afetar a saúde de crianças e adolescentes quando elas ainda estão no útero da mãe.
De acordo com o artigo publicado pela instituição, os prejuízos começam a aparecer na vida do bebê ainda durante a gravidez por causa da exposição prolongada que a mãe sofre a hormônios do estresse.
Como consequência, isso colabora para que a criança nasça com baixo peso, além de haver um aumento na taxa de mortalidade infantil. Vale relembrar que esses problemas são acentuados porque, por condições sociais e históricas, mulheres negras têm mais dificuldade em ter acesso ao pré-natal.
Fique de olho
O canal do Youtube My Pingu TV, direcionado ao público infantil, foi obrigado a tirar do ar o desenho “Dina and The Prince”, Dina e o Príncipe, em português, após ser denunciado por racismo.
A acusação aconteceu porque em uma das cenas, a princesa branca e de olhos claros é amaldiçoada e se torna feia. A produção ilustrou a “feiura” da princesa transformando-a em uma mulher negra, de cabelos cacheados.
No Twitter, os usuários fizeram muitas críticas ao desenho. “Esse desenho do Youtube está insinuando que mulheres negras são feias. É assim que as crianças aprendem a odiar suas aparências”, disse um internauta.

Outro usuário também criticou muito a postura dos produtores no vídeo: “Uau, estamos vendo racismo descarado em pleno 2019″, comentou.

Após as críticas ao desenho, a produção se desculpou e retirou o vídeo do ar, posteriormente fazendo uma nova versão, que deixava a princesa com orelhas de duende e olhos desproporcionais.
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