
Com as novas visões do que significa ser pai, em março de 2007, a Espanha adotou uma política nacional que dá para os novos pais duas semanas de licença-paternidade totalmente remuneradas. A política ficou superpopular, 55% dos homens que poderiam abraçar o benefício optaram por seguir este caminho mesmo. Em 2017 o número de pais que resolveram ser mais presentes dobrou.
Economistas espanhóis estudaram os efeitos da política e disseram que as famílias que tiveram filhos um pouco antes da lei, tinham pais mais ausentes e menos comprometidos com a criação e a participação da infância dos filhos. Enquanto as famílias que tiveram bebês após a lei, tiveram pais mais envolvidos com a rotina da família, mesmo após o retorno ao trabalho. Eles notaram que a política também aumentava as chances do homem continuar trabalhando por causa da responsabilidade de sustentar o filho.
Em um novo estudo publicado na Revista de Economia Pública (paywall), as economistas Lídia Farré e Libertad González, mostram que, dois anos depois, os pais que tiraram a licença-paternidade preferem não aumentar a família com outros filhos.
Explicação do comportamento
Pesquisas foram feitas depois da lei e os homens, que tiraram a licença-paternidade no nascimento do primeiro filho, com idade entre 21 e 40 anos, mostraram que não desejam mais ter filhos. As economistas acham que por passar mais tempo com os bebês eles podem ficar mais conscientes do esforço e dos custos da criação de uma criança e as pesquisadoras concluíram que eles “mudaram suas preferências de quantidade para qualidade”. As autoras fizeram uma observação sobre outros fatores que também podem influenciar na decisão dos pais além da licença-paternidade.
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