
Um novo estudo feito nos Estados Unidos desmistificou uma teoria antiga do universo científico, concluindo que a depressão não tem relação com um gene específico ou um grupo de genes.
Richard Border, um dos pesquisadores do Institute for Behavioral Genetics postou um comunicado sobre isso: “Essa nova investigação confirma que os esforços para encontrar apenas um gene ou vários genes que determinam a depressão caíram de vez”.
O também autor Matthew Keller completou: “Não há nada lá. Espero que esta seja o último prego no caixão para esse tipo de pesquisa”.
Para chegar a esse resultado, foram coletados dados de mais de 620 mil pessoas, sendo o maior estudo desse tipo e os especialistas perceberam que o impacto de 18 genes antes relacionados à depressão, era muito pequeno no desenvolvimento da condição.
Com isso, chegaram a conclusão de que os 18 genes estudados não teriam um impacto diferente de outros genes selecionados aleatoriamente. Para os pesquisadores essas relações são muito mais complexas para serem resumidas a alguns poucos genes.
Assim, a análise também ressaltou a importância de entender as influências dos fatores ambientais que podem ter um papel importante na saúde mental e interferir nos genes também. Por isso, Richard Border conclui: “Qualquer hora que alguém alega ter identificado o gene que ‘causa’ uma característica complexa, é hora de ser cético“.
Leia também:
Pesquisa mostra como um recém-nascido enxerga e reconhece as expressões dos pais
Pesquisa choca ao dizer que engravidar usando anticoncepcionais é mais normal do que parece