Na noite de segunda-feira, 09 de outubro, Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos de idade, foi encontrado morto. Ele estava em um festival de música eletrônica, o Universo Paralello Israel, que é próximo à Faixa de Gaza, região de conflito, quando o ataque foi iniciado.
Ranani estava desaparecido desde sábado, 07, quando ele, a namorada, Rafaela Treistman, e um amigo que estava com o casal, Rafael Zimerman, estavam em um bunker que encontraram em um ponto de ônibus. Com o tumulto de pessoas, corpos e bombas de gás, o jovem se perdeu de Rafaela e Rafael.
Ele havia feito uma publicação em seus “melhores amigos”, nos Stories do Instagram, em vídeo falando sobre a situação. “Cara, juro que essa situação não tem como inventar. No meio da ‘rave’ [festival de música eletrônica], a gente parou em um bunker. Começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente está em um bunker agora, seguro. Vamos esperar ‘dar uma abaixada’ nisso, mas, cara, foi cena de filme agora, a gente correndo quilômetros pra achar um lugar pra se esconder”, falou Ranani na gravação.
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O Ministério das Relações Exteriores no Brasil, mais conhecido como Itamaraty, confirmou o falecimento do brasileiro. À CNN, um primo de Ranani afirmou que o pai dele foi quem reconheceu o seu corpo. Ele vivia em Israel há sete anos e recentemente havia cumprido o tempo obrigatório de serviço militar no país, do qual tinha cidadania.
Natural de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Ranani residia em Tel Aviv, e atualmente trabalhava como entregador, mas já havia sido editor de vídeos e design de propagandas animadas, ainda segundo a CNN. O pai do jovem também morava em Israel, enquanto a mãe vivia no Brasil.
Em nota, o Itamaraty informou a morte do primeiro brasileiro no conflito entre Israel e Palestina. “Falecimento de cidadão brasileiro em Israel. O Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis”, escreveram.
