A FIFA implementou importantes atualizações nas normativas que regulamentam o futebol feminino, visando a inclusão e o bem-estar das jogadoras e treinadoras. Essas mudanças, que contemplam licença-maternidade, adoção e atenção à saúde menstrual, entraram em vigor a partir do próximo sábado, 1º de junho, após aprovação em reunião do conselho da entidade na Tailândia.

Dentre as inovações, destaca-se a ampliação do direito à licença-maternidade para as treinadoras, uma conquista que estende um benefício antes reservado exclusivamente às jogadoras. Segundo as novas diretrizes da FIFA, essa licença deverá ter duração mínima de 14 semanas, independente das leis trabalhistas de cada país.
Além disso, pais e mães por adoção também serão contemplados com a licença, cuja duração será determinada pela idade da criança adotada. Para crianças com menos de oito anos, por exemplo, será garantido um período de afastamento remunerado de oito semanas.

Outro avanço significativo é a extensão do direito à licença-família para mães não-biológicas, permitindo-lhes cuidar de membros da família em situações emergenciais sem prejuízo financeiro.
No que diz respeito ao registro de atletas, as equipes agora têm a possibilidade de realizar contratações fora das janelas de transferência habituais, caso alguma jogadora esteja afastada em decorrência de licença-maternidade, adoção ou familiar.

A saúde menstrual também recebeu atenção especial nas novas medidas. Jogadoras que necessitem se ausentar de atividades esportivas devido a questões menstruais ou complicações relacionadas à gravidez poderão fazê-lo sem impacto em sua remuneração.
Dame Sarai Bareman, diretora-chefe do futebol feminino da FIFA, enfatizou a importância dessas medidas para proteger as atletas e treinadoras: “É essencial reconhecermos as particularidades do ciclo menstrual feminino e suas possíveis influências no desempenho profissional dentro do esporte. Nossa intenção é salvaguardar a posição profissional e o sustento daquelas afetadas por essas condições.”

Por fim, a entidade máxima do futebol mundial também apela às federações nacionais para facilitarem o contato entre atletas e suas famílias durante compromissos internacionais. Tal medida visa amparar emocionalmente jogadoras e jogadores que ficam distantes dos seus entes queridos por períodos prolongados durante competições como amistosos internacionais, torneios continentais e Copas do Mundo.