Sandra Bucci, filha da saudosa chef brasileira Palmirinha Onofre, chegou ao funeral na manhã de segunda-feira visivelmente abalada. Antes de entrar no local onde o corpo de sua mãe estava sendo velado, ela abriu o coração sobre a relação delas.
“Gostaria de agradecer a todos vocês pelas homenagens prestadas a ela. Quero dizer que ela lutou com todas as suas forças desde o décimo primeiro dia [de sua doença] até agora para ficar conosco. Mas ela não conseguiu. Desta vez, ela foi derrotada. A única batalha que ela não pôde vencer foi contra sua doença. Ela viveu a vida intensamente, conquistando tudo o que quis com a educação limitada que tinha. Em sua batalha final, ela nos deixou uma lição de força e perseverança”, disse Sandra emocionada, acrescentando: “Para mim, ela era imortal”, começou ela.
A filha da chef também elogiou sua mãe, afirmando: “Estou profundamente triste. Ela foi uma grande amiga e uma mãe exemplar”. Sandra então falou sobre a criação de sua mãe, dizendo: “Ela sempre foi doce, mas sabia quando ser rigorosa e nos colocar na linha. Ela foi responsável por toda a nossa vida e pelo que suas filhas se tornaram. Ela foi quem nos colocou no caminho certo”.

De acordo com a filha de Palmirinha, a chef não conseguia compreender seu próprio sucesso e tinha o sonho de ensinar. “Ela sempre dizia: ‘Não consigo acreditar que sou tão famosa. Sou apenas uma cozinheira comum. Não sou uma chef, não sou nada especial’. Ela se orgulhava muito de ter ajudado tantas pessoas com suas receitas. Sempre quis ser professora. A vida foi difícil para ela. Ela teve pouca educação e sofreu muito. Mas ela seguiu seu sonho e sempre esteve à frente de seu tempo”, lamentou Sandra.
“Ela me ensinou tudo o que sei, e eu transmito isso aos meus filhos e netos. Ela me ensinou a andar, a ser humilde. Essa palavra fazia parte de sua vida diária. ‘Nunca pise em ninguém’, ela costumava dizer”, acrescentou Sandra.
Segundo Sandra, Palmirinha continuava pedindo para receber alta hospitalar. “Ela nunca perdeu sua lucidez. Ela dizia: ‘Sandra, hoje é o dia em que vamos embora? O médico deu alta’. Na última semana, ela estava mais sedada e calma, aceitando que precisava ficar no hospital. Nós dizíamos a ela: ‘Vamos esperar mais alguns dias’. Ela não era boba e sabia que algo não estava certo”, contou Sandra.
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