
Nesta quarta-feira, 26 de julho, o cantor Zé Vaqueiro por meio de um comunicado informou sobre o nascimento do filho, Arthur, o bebê nasceu com a Síndrome de Patau, que tem como decorrência a má-formação congênita, por conta disso, ele foi encaminhado para a UTI.
“Na tarde de segunda-feira, 24, nasceu Arthur, filho caçula de Ingra Soares e Zé Vaqueiro, que já são pais de Daniel, de 3 anos, e Nicole, de 13. A mãe passa bem e já recebeu alta hospitalar. O bebê encontra-se na UTI devido a uma malformação congênita decorrente da síndrome da trissomia do cromossomo 13.”, informou a equipe do cantor.
Síndrome de Patau
Segundo o portal da Rede D’or São Luiz, a Síndrome de Patau é caracterizada por ser uma má-formação genética no sistema nervoso, que apesar de ser mais comum em bebês do sexo feminino, podem afetar também bebês do sexo masculino como no caso do filho de Zé Vaqueiro. A doença genética rara acontece em 1 em cada 5.000 recém-nascidos, apesar de ser uma doença pouco conhecida, mas de grande repercussão para a gestação.
Causas
A Síndrome de Patau está relacionada com um a falha genética localizada na trissomia do cromossomo 13, por conta disso ocorrem más-formações que são identificadas ainda quando bebê e também é possível descobrir sobre a doença nos exames pré-natais.

Sintomas
“As características comuns são defeitos no coração, problemas cerebrais podendo causar alteração no desenvolvimento mental, dedos extras nos pés e nas mãos, malformação nos rins, alterações do tubo neura a fenda palatina, baixo peso ao nascer e crescimento lento e também problemas respiratórios.”, explicou a Dra. Veridiana Salutti, associada da AMCR, que ressaltou o fato da síndrome é uma condição genética que pode variar de feto para feto.
Existe cura?
“A Síndrome de Patau é uma doença genética, não é dada dos pais, ela é aleatória, ela pode acontecer, mas não tem cura”, informou a Dra. Veridiana. Ela também explicou que algumas das más-formações podem ser resolvidas com cirurgias.
Apesar disso é necessário que exista um acompanhamento médico multidisciplinar ao longo da vida. O tratamento para a doença tem como objetivo aliviar os sintomas que podem variar de acordo com os casos, afirma o portal da Rede D’or São Luiz. A maioria dos pacientes, não passam das primeiras semanas de vida, em outros casos não passa do 10 anos.
Com a coleta de sangue da mãe é possível descobrir se o bebê possui a síndrome (Foto: Freepik)
É possível detectar a doença ainda na gravidez?
Sim, é possível com o exame genético não invasivo, chamado de NIPT (sigla em inglês para teste pré-natal não invasivo), é possível descobrir além do sexo, e o risco de doenças cromossômicas: “O NIPT serve para avaliar possíveis alterações cromossômicas do feto, como a síndrome de Down, síndrome de Edwards, síndrome de Patau e as alterações dos cromossomos sexuais: síndrome de Turner, síndrome de Klinefelter”, explicou a Dra. Cristiane Cadore Hagemann.
“A utilização de modernos testes genéticos têm contribuído muito para melhorar ainda mais o acompanhamento pré-natal. A tendência é que cada vez mais surjam testes não invasivos ainda mais seguros que possibilitem a detecção de doenças genéticas, apoiando pais e mães”, explicou da médica, que afirmou que diagnósticos falsos-negativos são muito baixos.

Como prevenir?
Segundo a Dra. Veridiana Salutti, apenas é possível se prevenir se dentro da família já existem casos da doença, mas por ser uma doença que pode afetar de maneira aleatória (um bebê sim e o outro não), a melhor prevenção é a fertilização in vitro.
“O casal pode tentar uma fertilização in vitro e aí a pesquisa genética pré-implantacional pode diagnosticar se esse feto tem alguma alteração no seu cromossomo. De outra maneira, infelizmente, não é possível prevenir as doenças do cromossomo.”, explicou ela.