Há cerca de 20 anos, um bebê foi colocado para adoção no Dia de Ação de Graças. Benjamin Hulleberg, de Utah, nos Estados Unidos, sabia desde criança que havia sido adotado, pois os pais Angela e Brian Hulleberg nunca esconderam isso do filho, que ao longo dos anos, desenvolveu uma curiosidade sobre a mãe biológica, conhecida apenas como Holly.
“Meus pais sempre expressaram gratidão por Holly e eu falava sobre como sou grato por ela e como queria conhecê-la um dia”, contou Benjamin ao Good Morning America, programa estadunidense. Holly acompanhava de longe os passos dele, e chegava a receber fotos e cartas da família Hulleberg, até que a agência de adoção fechou em 2014.
Então, ela decidiu procurar o menino nas redes sociais e acabou encontrando! “Ele tinha 18 anos quando o achei e fiquei muito hesitante. Tinha tanta coisa acontecendo na vida dele […] A última coisa que eu queria fazer era causar problemas. Então eu apenas o assisti de longe”, disse. Ela completou: “Ele sempre esteve em minha mente. Mais ainda em feriados e seu aniversário, era uma montanha-russa de emoções […] Pensava nele o tempo todo.”
A mãe o encontrou, mas isso não quer dizer que Benjamin não procurava por ela! Ele escrevia cartas na esperança de encontrar Holly, mas nunca conseguia. Até que o dia que ela mandou uma mensagem no Facebook desejando feliz aniversário para ele. “Peguei meu telefone e vi a mensagem dela e logo respondi. Quando ela me mandou uma mensagem de volta e ela realmente explicou quem ela era, isso me atingiu fortemente. Eu chorei. Foram emoções muito positivas[ …] foi um dia que eu esperei pelos últimos 20 anos da minha vida e imaginar que finalmente estava acontecendo foi chocante. Foi muito para assimilar”, disse Benjamin.
Benjamin pediu para encontrar a mãe biológica pessoalmente: “Eu não esperava isso, mas ele queria me conhecer imediatamente. E então planejamos um jantar no dia seguinte para nos encontrarmos com nossas duas famílias”, afirmou Holly. Eles marcaram de se ver durante a pandemia, e emocionante é pouco para descrever o encontro: “Eles pareciam os mesmos basicamente como eu me lembrava, então foi legal. Ficamos lá conversando até nos sentarmos. Cerca de cinco minutos depois que nos sentamos, Benjamin chegou. Ele se aproximou e me deu um tapinha no ombro e a alegria simplesmente me inundou. Nós ficamos sentados abraçados por cerca de cinco minutos e chorando.”
O jantar durou mais de 3 horas e durante a conversa, mãe e filho descobriram que estavam mais perto um do outro do que imaginavam! Ambos trabalham no Hospital St. Mark’s da HCA Healthcare em Salt Lake City. Holly é assistente médica e Benjamin é voluntário na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), porém, nunca se viram no local. “Todas as manhãs, eu entrava no pavilhão das mulheres para trabalhar. Então eu passava direto pela UTIN todos os dias. Estacionamos na mesma garagem, poderíamos estar no mesmo andar, não tínhamos ideia de que estávamos tão perto”, disse a mãe biológica.
Hoje em dia, Holly e Benjamin podem se ver sempre. “Poder sentar com minha mãe biológica, tomar um café e conversar antes de ir para o meu turno na UTIN tem sido incrível”, disse o filho. A mãe também se sensibilizou: “É simplesmente emocionante. Eu faço parte da vida dele. Só de saber que o número dele está no meu celular e posso ligar para ele ou enviar uma mensagem a qualquer momento… é incrível.”
Para Benjamin, o reencontro com Holly era o que faltava para ele: “Conhecer minha família biológica e conhecer meus meio-irmãos e conhecer minha mãe biológica, foi muito curativo para mim. Havia um pequeno buraco em mim que eu não conhecia e encontrá-los realmente preencheu isso. Eu me sinto muito completo. Sinto que finalmente estou pronto para continuar na minha vida.”
