Os filhos do cantor Wagner Duarte, de 50 anos, mais conhecido pelo nome artístico Vavá, foram diagnosticados com a sarna humana, conhecida também com escabiose. O homem disse em entrevista ao g1 que as crianças contraíram a doença na escola onde estudam, a Unidade Municipal de Educação (UME) Emília Maria Reis, em Santos, em São Paulo. Na instituição, segundo informações da prefeitura, foram registrados 13 casos na última semana.
De acordo com o artista, o filho mais novo, Davi, de 9 anos, foi o primeiro infectado. A criança chegou em casa da escola com manchas espalhadas por todo o corpo e foi levada ao hospital, onde foi diagnosticada com sarna. Já três dias depois, na sexta-feira, dia 21 de junho, a primogênita, Lara, de 10, também foi infectada.
“Ela [sarna] é contagiosa e eles pegaram dentro da escola […]. A nossa sorte é que a deles não foi tão forte, como a de outros alunos de dentro da escola”, contou Vavá.

Desde quando o garoto foi diagnosticado, o cantor afirmou que ele e a mulher estão evitando contato físico com os filhos e desinfectando a casa sempre que possível. Todos os familiares tomaram um remédio utilizado para o combate a infestações por parasitas e as crianças estão passando uma loção específica nas manchas.
Os dois infectados estão com atestados para 7 dias. Contudo, o artista revelou aos repórteres que está perplexo. Segundo o homem, as atividades escolares não foram canceladas e o local não passou por uma desinfecção.
“É o que deixa a gente perplexo. Eu sou morador de Santos e uma pessoa conhecida no Brasil inteiro. Sempre defendi, fui e sou fã demais da minha cidade […]. Se eles [vigilância sanitária] fossem desinfectar a escola. A escola seria fechada, não poderia ter ninguém lá dentro e isso não foi feito”.

A diretora de Vigilância em Saúde de Santos, Ana Paula Valeiras, afirmou, por meio de uma nota, que a escola teve uma limpeza profunda e os casos estão sendo monitorados. Já o cantor, disse que não foi notificado sobre o estado de saúde dos pequenos quando foram infectados.
A prefeitura afirmou que doze crianças e uma funcionária da UME foram diagnosticados com escabiose. Todos estão afastados da escola, como foi orientado pela Seção de Vigilância Epidemiológica da cidade.

De acordo com a prefeitura, todos foram encaminhados para as policlínicas mais próximas das residências onde moram. Vavá, ainda ao g1, contou que os filhos têm plano de saúde e não receberam tratamento municipal.
A Seção de Vigilância Sanitária (Sevisa) afirmou que foi feita uma vistoria na última quinta-feira, dia 20 de junho, e negou qualquer descumprimento de medidas sanitárias na instituição, que conta com 458 alunos. E por isso, as aulas continuam acontecendo normalmente com o aval do Departamento de Vigilância em Saúde (Devig).
Os diagnosticados devem voltar para a escola depois de serem curados da doença, buscando impedir que o ácaro parasita se propague. A prefeitura também explicou que nenhum dos alunos que foram afastados serão prejudicados, já que o conteúdo pode ser passado novamente.

A administração do município enfatizou que as secretarias de Saúde (Sesau), Educação (Seduc), Supervisão de Ensino e o ‘Saúde na Escola’ continuam acompanhando novos casos da escabiose, para que consigam oferecer os cuidados necessários para saúde e bem-estar da população.