A jornalista Glória Maria, morreu nesta quinta-feira, dia 2 de fevereiro, aos 73 anos de idade e deixa duas filhas adolescentes. A repórter que em várias entrevistas ao longo da carreira contou que não tinha o desejo de ser mãe, porque preferia se dedicar ao trabalho, adotou em 2009, após uma viagem à Bahia, Maria e Laura.

Glória estava em um trabalho voluntário em um orfanato de Salvador, a Organização de Auxílio Fraterno (OAF) do bairro de Caixa d’Água, quando a repórter se encantou com Maria. Depois de conhecê-la, se apaixonou por Laura, sem saber que as duas eram irmãs biológicas. Foi então que decidiu adotar as meninas.
Todo o processo de adoção durou cerca de 11 meses, o que a levou a se mudar de estado para ficar mais próxima das meninas enquanto a documentação oficial não saia. Em uma entrevista ao programa Encontro, ela conta que não tinha o sonho de ser mãe. “Eu nunca quis ser mãe. O trabalho me preenchia, minha vida era perfeita. Elas surgiram por acaso. Eu nunca tinha pensado em ter filhos até que vi as duas pela primeira vez e tive certeza que elas eram minhas filhas. Isso é uma coisa que não sei explicar”.
A empresa afirma que a causa da morte foi um câncer no cérebro, já em estágio avançado, do qual ela se tratava nos últimos meses. A notícia do falecimento foi confirmada em um comunicado da TV Globo. “A jornalista Gloria Maria morreu essa manhã. Em 2019, Gloria foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia, e metástase no cérebro, tratada cirurgicamente, inicialmente também com êxito. Em meados do ano passado, a jornalista iniciou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias. Glória marcou a sua carreira como uma das mais talentosas profissionais do jornalismo brasileiro, deixando um legado de realizações, exemplos e pioneirismos para a Globo e seus profissionais. Glória deixa duas filhas, Laura e Maria“, diz o texto.