Gloria Perez, de 75 anos, contou em entrevista ao podcast Basta Cast, por que apoiou a pena inferior a 20 anos de prisão À Guiçherme de Pádua e Paula Thomaz, que foram condenados pelo assassinato de sua filha, a atriz Daniella Perez, de 22 anos, no ano de 1992.
A autora relembrou que naquela época a Justiça entendia que quem recebesse penas acima de 20 anos tinham o direito a um segundo julgamento. Para ela, a melhor decisão foi dar a pena inferior e impedir que os assassinos tivessem direito a um segundo julgamento. “O problema foi o Código de Execução Penal porque, se pelo menos as pessoas cumprissem aquele número de anos a que foram condenadas… E na época ainda tinha outra restrição, se você fosse condenado a mais de 20 anos, tinha direito a um segundo julgamento”, conta ela.

“Então para evitar isso os juízes da época não chegavam a 20 anos, eles davam 19 e tanto, qualquer que fosse a gravidade do crime. Por isso que os dois levaram 19 e tanto, não 40, 30 anos. […] Então eu acho que o juiz fez bem de dar uma pena que não justificasse, nem permitisse um segundo julgamento”.
Gloria também disse que acredita que não huve justiça pela morte da filha. “Agora dessa pena eles cumprem uma parte mínima… Então sempre foi a lei de execução penal o problema, por isso é que quando vem na manchete de jornal condenado a 60 anos de prisão, as pessoas ficam de alma lavada”.

Guilherme de Pádua e Paula Thomaz eram casados quando cometeram o assassinato. Guilherme foi condenado a 19 anos de prisão, e Paula, a 18 anos e 6 meses. No entanto, com apenas sete anos de prisão, os dois foram para liberdade condicional. O assassino morreu em novembro de 2022, aos 53 anos, e Paula mudou o sobrenome e reconstruiu a vida, mudando o sobrenome e formando uma nova família.