Herança de Pelé será reservada para suposta filha até o resultado do teste de DNA

Após a morte de Pelé, todo o patrimônio deixado pelo ex-jogador de futebol pode ganhar mais um herdeiro. Maria do Socorro Azevedo entrou com uma ação de investigação de paternidade contra Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, no ano passado e pode ter parte da herança caso o teste de DNA comprove a paternidade.

Por conta do processo, registrado pela suposta filha na Defensoria Pública do Estado de São Paulo no ano passado, a herança de Pelé terá uma parte reservada que só será distribuída depois do resultado do teste de DNA. Caso ela seja mesmo filha do ex-atleta, ela recebe sua parte. Do contrário, o dinheiro será dividido igualmente entre os outros herdeiros.

Em entrevista ao G1, o advogado que representa os filhos de Pelé, Augusto Miglioli, reforçou que enquanto não houver um resultado positivo, não é possível considerar Maria como herdeira. “O que tem é uma expectativa de direito. Se confirmar de fato, ela vai ingressar como herdeira”. E completou dizendo: “A parte que seria direcionada a ela, considerando a possibilidade dela ser herdeira, vai ficar obrigatoriamente reservada”.

No entanto, Miglioli acredita que o resultado do exame seja apresentado antes mesmo da partilha dos bens acontecer, já que é a última etapa do processo.

“Se, eventualmente, o inventário andar mais rápido, obrigatoriamente o quinhão reservado a ela vai ter que ficar guardado até que seja confirmado [o teste]. E, na hipótese de ser negativo, o quinhão vai ser dividido entre os demais herdeiros, uma sobrepartilha”.

Pelé sabia da existência da suposta filha

Em seu testamento, Pelé havia apontado a existência do processo de investigação de paternidade. “Parece que já existe uma solicitação e determinação da realização de perícia médica, que é a coleta de DNA. Só por esse meio resolve-se o reconhecimento da paternidade”, apontou o advogado.

Miglioli justifica que o exame ainda não havia sido feito devido ao estado debilitado da saúde de Pelé e o riscos de infecções que o exame poderia colocá-lo. “O único meio que se tem [para a coleta de material genético] são os parentes mais próximos, ou seja, o exame de DNA cujo material deve ser colhido dos filhos”, ressaltou.

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