Com apenas dois anos de idade, Gilberto Leite, hoje com 41, foi vendido pelo pai para uma outra família. Na adolescência, quando descobriu que era adotado, o morador de Campo Largo, no Paraná, decidiu buscar pela família biológica. A tarefa não foi fácil, mas 39 anos depois finalmente o reencontro aconteceu.
Gilberto descobriu que seus pais não eram biológicos aos 14 anos. Na época, a família adotiva contou que os pais biológicos haviam morrido em um acidente de carro e a avó não poderia cuidar dele.

Em entrevista ao portal Banda B, Gilberto conta que se revoltou muito com a história. “Como todo adolescente, comecei a aprontar. Parei só depois que levei três tiros ao reagir a um assalto”, lembra.
A única coisa que ele sabia era que seus pais biológicos o batizaram de Dominique, mas o sobrenome da família era desconhecido. “Eu precisava saber o que tinha acontecido, porque eles me jogaram fora, porque não quiseram me criar”, conta.
Ele então passou a contar sua história nas redes sociais, mas só na terceira vez a publicação ganhou repercussão e um jornal local fez uma matéria. “A partir daí, eu recebi mensagens e ligações do Brasil inteiro”.
Foi então que uma mensagem chamou a atenção. Uma moça contou a história do tio que batia com a de Gilberto. Ao entrar em contato com esse homem, Gilberto conta que tomou um susto quando viu a foto: “Pensei: ‘Meu Deus, esse cara parece eu mais velho’”.

A emoção tomou conta e no encontro foi possível perceber, apenas pela semelhança, que eles eram irmãos. Gilberto também foi reapresentado à sua mãe biológica, que ficou muito feliz de reencontrar o filho que ela nunca esqueceu e que teria sido vendido pelo pai, sem que ela soubesse.
“Ela me contou que fazia aniversário todo ano para mim e fazia todo mundo comemorar como se eu estivesse presente, porque ela tinha certeza que ia me reencontrar um dia”. Um exame de DNA foi feito e o parentesco foi confirmado.
O pai biológico, que mora em outra cidade, também entrou em contato e pediu perdão pelo que fez.
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