Será que você está na lista de nomes diferentes do IBGE?
O meu, por exemplo, é Camila. Segundo o Censo 2022, somos mais de 436.901 Camilas espalhadas pelo Brasil. Isso faz do meu nome o 59º mais popular do país e o 2º mais usado entre os nomes que começam com a letra C.
A explosão de popularidade aconteceu nos anos 1990.
Só essa década concentra 40% de todas as Camilas registradas no Brasil, incluindo eu, nascida em 94. Ou seja: quem cresceu nessa época provavelmente teve, no mínimo, uma Camila na escola, no prédio ou na família.
Mas enquanto alguns nomes se repetem por centenas de milhares de certidões, outros são verdadeiras raridades. O IBGE identificou 4.309 nomes usados por apenas 20 pessoas em todo o país, um universo de escolhas únicas e regionais.
No total, o Brasil reúne 130 mil nomes diferentes, dos quais 124 mil foram divulgados no levantamento público. Todos eles podem ser explorados em uma plataforma interativa do IBGE, que permite pesquisar frequência, distribuição por estado, idade média e até a evolução dos nomes ao longo das décadas.
Um país com tanta diversidade também se revela nos nomes; sejam eles tão comuns quanto Camila ou tão exclusivos quanto Oberdania.
Nomes diferentes e originais
Entre os nomes menos comuns identificados pelo Censo estão opções que raramente aparecem nas certidões: Agassiz, Oberdania e Juergen.
Eles fazem parte dos mais de quatro mil nomes com apenas 20 registros no país.
Em estados como o Mato Grosso do Sul, o fenômeno é ainda mais perceptível: ali, o IBGE encontrou 343 nomes com até 15 registros, muitos deles únicos.
Nesse grupo de raridades surgem nomes como Lalesca, Uelinto e Xisto, além de combinações sonoras que revelam influências de oralidade, regionalismos ou simples invenções familiares, como Geisiely, Carita, Pérsio, Taisson e Valdeson.
Entre os nomes considerados praticamente exclusivos nacionalmente, ou seja, aqueles que contam com menos de 20 registros estão exemplos como Abão, Acrinaldo, Guvania, Joeza, Jocirleide, Laplace e Tertolino.
Segundo o IBGE, quanto menor a incidência, mais restrita é a informação disponível, justamente para garantir a privacidade dos cidadãos identificados.
Clássicos que atravessam gerações
Se, por um lado, o Brasil abriga nomes únicos, por outro mantém viva a tradição dos gigantes da popularidade. O Censo confirma a liderança histórica de Maria e José, que seguem como os nomes mais frequentes do país.
- Maria: 12.224.470 registros
- José: 5.141.822 registros
Entre as mulheres, Ana e Francisca continuam figurando no topo, enquanto entre os homens, João e Antônio mostram sua força ao longo das décadas.
O levantamento também indica que alguns nomes já tiveram seu auge, mas hoje, no entanto, refletem gerações mais antigas e experientes.
Osvaldo e Terezinha, por exemplo, apresentam idade média de 62 e 66 anos, respectivamente. Enquanto isso, nomes como Gael e Helena representam tendências atuais e são especialmente populares entre os mais jovens.
A diversidade brasileira
Ao reunir dados sobre mais de 140 mil nomes e 200 mil sobrenomes, o estudo “Nomes no Brasil” revela o quanto a identidade do país é múltipla.
De escolhas tradicionais que atravessam gerações a invenções familiares que dão origem a nomes únicos, os registros mostram que cada brasileiro carrega uma pequena história cultural e social no próprio documento.
Seja ele uma Maria, um José ou um dos únicos Tertolinos do território.
Para quem não encontrou seu nome no levantamento simplificado, o IBGE disponibiliza uma plataforma de busca detalhada, capaz de exibir frequência, distribuição por estado e até variações ao longo das décadas.
Afinal, em um país tão diverso, descobrir quantas pessoas compartilham o mesmo nome também é uma forma de entender nossa própria história.
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