A produção da vacina Coronavac, utilizada contra a Covid-19, está temporariamente paralisada pelo Instituto Butantan por falta de matéria-prima. Serão 2,5 milhões de doses entregues ainda nesta semana, após o controle de qualidade.
De acordo com a CNN, a informação veio de fontes próximas à organização. O Butantan se comprometeu a entregar 46 milhões de doses até o fim de abril, assim como pretende cumprir os prazos estabelecidos pelo Ministério da Saúde – mesmo com a falta de insumos.

O insumo é fornecido pela parceira do Butantan na Coronavac, a chinesa Sinovac. O atraso da remessa foi provocado pela intensificação da campanha de vacinação na própria China. Até agora os chineses vinham exportando boa parte de suas vacinas porque estão com o contágio da Covid-19 controlado.
Procurados pela CNN, o Instituto Butantan informou que “é esperado para a próxima semana um novo carregamento de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) de 6 mil litros, correspondentes a cerca de 10 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus.
Com isso será possível cumprir integralmente o primeiro contrato com o Ministério da Saúde, totalizando a entrega de 46 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) até 30 de abril”, informou.
Testes preliminares apontam que a vacina é segura para crianças e adolescentes
De acordo com os resultados dos testes em fases iniciais divulgados no dia, 22 de março, a vacina Coronavac, da Sinovac Biotech, é segura e capaz de provocar reações imunológicas em crianças e adolescentes. Os dados preliminares vieram de testes clínicos feitos com mais de 500 crianças e adolescentes entre as idades de 3 e 17 anos, que receberam duas doses médias ou baixas da vacina ou um placebo.

Segundo informações do Dr. Andre Laranjeira de Carvalho, Pediatra do Hospital Albert Einstein, pai de Sofia e Manuela, a eficácia da vacina só pode ser comprovada na terceira fase de estudos, quando os voluntários são imunizados em grande escala. “Os resultados que a Cinovac anunciou hoje na China, podem até trazer esperança de que as crianças possam ser vacinadas, mas enquanto não forem testadas em longa escala — que seria a fase 3 dos estudos — não é possível afirmar que a vacina será aplicada em crianças, porque depende dessa última fase para avaliar se houve diferença na contaminação dos grupos que tomou a vacina dos grupos que tomou o placebo”, disse à Pais&Filhos.