Johnny Depp fez declarações polêmicas sobre seu relacionamento com a filha Lily-Rose Depp, nesta última terça-feira, 7 de julho. O ator afirmou que deu maconha para a filha quando ela tinha apenas 13 anos de idade, alegando que isso seria “paternidade responsável“.
De acordo com o Daily Mail, o ator fez o relato durante uma audiência no processo movido pela ex-mulher, Amber Heard, por agressão física. No depoimento, Depp afirmou que queria que Lily-Rose, hoje com 21 anos, se sentisse “segura” com a droga no começo da adolescência. Ela e Jack Depp, de 18 anos, são filhos do ator com a ex, a atriz Vanessa Paradis.
“Eu disse: ‘Escute, querida, se você estiver em uma festa e alguém lhe entregar o baseado, tire o baseado da pessoa e passe-o para a próxima pessoa. Por favor, não experimente drogas com pessoas que você não conhece. Eu não quero sua primeira experiência seja com pessoas que você não conhece, pegando coisas em que você não confia”, relatou ele na audiência.
Ele reforçou que conversou com a atriz e cantora Vanessa Paradis, mãe de Lily-Rose e de Jack Depp, sobre a atitude. “Não quero que uma criança de 13 anos sofra algum tipo de manobra paranoica”, e complementou: “Eu sabia que a maconha que tinha, que fumava, era confiável e de boa qualidade”.
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“Estava criando uma filha, e eu estava cumprindo minha responsabilidade de pai, no que me diz respeito”, finalizou o astro de Hollywood. No tribunal, ele também disse que o músico Elton John o ajudou a ficar sóbrio após o término do casamento de 14 anos com Vanessa.
Problemas com a justiça
Essa não foi a única vez que ele esteve em um tribunal. Além da acusação de agressão da ex, Depp esteve presente na Justiça britânica para processar o portal The Sun em 2018. E isso por conta de uma publicação do tabloide inglês que chamava o ator de “espancador de mulheres”, com base nos relatos de sua ex-mulher, Amber Heard.
Mas afinal, o que os especialistas acham disso?
Nosso colunista e pediatra, Dr. Claudio Len, pai de Silvia, Beatriz e Fernando, explicou os riscos que a maconha pode trazer para as crianças. “O desenvolvimento da criança pode ser afetado, pode desencadear ansiedade, depressão, irritabilidade, problemas cognitivos e até mesmo uma dependência química”, afirma.
Ele ainda explica sobre os efeitos que o uso da maconha pode causar futuramente. “A longo prazo a dependência química pode piorar para outras drogas mais complexas. Pode aumentar também os efeitos colaterais da droga, como perda de concentração, problemas de comportamento, euforia, sonolência e queda de cognição”.
Sobre os riscos para adultos e crianças, ele faz o alerta: “Os riscos podem ser os mesmos para o adulto ou criança, mas a criança não tem a percepção para controlar o uso, isso pode desencadear diversos problemas ao longo da vida como por exemplo, causar quadros psicóticos”, ressalta.
Dr. Claudio ainda falou sobre os efeitos colaterais mesmo usando a droga uma única vez. “Existem efeitos que mesmo durante o único uso podem trazer, como problemas para o coração (desacelerar os batimentos), ou problemas de pressão arterial”. Ainda de acordo com o pediatra, o ambiente familiar da criança influencia muito no comportamento, os pais são os maiores exemplos para os filhos e expor a criança às drogas numa fase de desenvolvimento e descobertas, pode desencadear diversas complicações ao longo da vida.
