Lívia Ramos de Souza, de 19 anos, foi liberada pela Justiça depois de passar 16 dias detida no Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ela foi presa durante uma operação policial em uma falsa empresa de consórcio no centro da cidade. Lívia foi detida juntamente com outras 17 pessoas no dia 5 de junho.
Segundo a família, a jovem teria sido presa por engano. O que aconteceu foi que, no momento em que ela estava na empresa realizando a entrevista com outros 17 jovens, a Polícia Civil fez uma operação contra um esquema de golpe de consórcio e prendeu ela e outras pessoas que estavam no estabelecimento.
A mãe de Lívia, Cristiane Ramos, relatou que a filha encontrou a vaga de emprego pela internet após ficar desempregada por dois meses. Ao chegar para a entrevista, ela foi orientada a fazer um treinamento no computador, mas não chegou a assinar nenhum contrato ou realizar vendas. A mãe estava no trabalho quando recebeu uma ligação desesperada da filha informando que havia sido presa.
A liberdade de Lívia ocorreu após um alvará de soltura ser emitido pela Justiça na noite desta última terça-feira, 20 de junho. No entanto, ela foi liberada apenas quase 24 horas depois. A mãe recebeu uma ligação da filha informando que estava fora do presídio e havia sido deixada na rua junto com outras duas jovens. Cristiane passou mais de 10 horas na frente do presídio aguardando a soltura da filha.
“Eu, e outros pais, e a imprensa toda passamos o dia na porta do presídio. Falaram que não liberariam mais ninguém. Depois que todos foram embora, foi só o tempo de eu chegar em casa, para eles soltarem a minha filha e as outras meninas.”
A família de Lívia alega que ela não tinha conhecimento das atividades criminosas da empresa e que foi presa injustamente. O caso ainda está sendo investigado pelas autoridades.
A decisão da Justiça determinou que os jovens envolvidos na operação não prestem serviços para empresas com o mesmo objeto daquela que originou a prisão em flagrante. Suas prisões preventivas foram convertidas em medidas cautelares, e eles terão que comparecer ao juízo em até cinco dias.
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