Em Tucumán, na Argentina, a enfermeira, Nuria Pérez, já era mãe de Lázaro, quando decidiu adotar Zoe, em 2014. Esse gesto mudou totalmente a vida das duas! A bebê que ela conheceu no hospital em que trabalhava, na época com dois meses, tinha um quadro de hidranencefalia , (um problema congênito no qual o cérebro não se desenvolve. No lugar, se encontra um líquido cefalorraquidiano). A menina tinha sido abandonada no hospital e a expectativa de vida era de apenas um ano.
Apesar das hipóteses, Zoe ela sobreviveu por cinco anos! Nuria relatou o exato momento em que viu a recém-nascida crescendo em um berço pequeno do hospital, sem conseguir enxergar e nem mesmo ouvir. A enfermeira diz que já tinha visto casos de bebês abandonados, mas a história de Zoe tocou o coração. “Cada vez que olhava para ela, dizia para mim mesma: ela vai ser minha filha ” , disse a enfermeira, segundo o portal de Montevidéu.
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Adoção e superação!
Após decidir adotar a menina, Nuria conversou com o filho Lázaro, então com 9 anos, com o ex-marido e com os pais, e disse-lhes o que queria fazer. Para a surpresa, o apoio foi completo e ela deu início aos procedimentos de adoção.
O filho estava muito feliz porque agora tinha uma irmã mais nova. O pai de Nuria, Juan José, expressou que o amor que sentiam pela menina havia dominado os corações e agora a paz reinava na casa da família.
Com o passar do tempo, a enfermeira ficava cada vez mais com medo e se sentia insegura, porque sabia que a filha não tinha muito tempo de vida. “Mesmo que em algum momento você saiba que vai acontecer, nunca está preparada para a morte, muito menos a de uma criança”.
Quando o primeiro aniversário de Zoe chegou, a família descobriu que não estavam prontos para deixá-la ir, mas para a surpresa, a menina também não parecia pronta para ir. Zoe, que tinha apenas a expectativa de vida de um ano, fez o aniversário de um, dois, três, quatro anos, e há até uma foto dela do quinto aniversário.
Com a orientação de vários profissionais médicos, dieta especial, tratamentos para controlar as convulsões e infecções recorrentes, Zoe comemorou seu 5º aniversário e Nuria conseguiu se tornar legalmente mãe da menina.
Dor da perda
Mas tudo mudou repentinamente em agosto de 2019. Nuria sabia que algo estava errado com Zoe e a levou ao hospital, onde ela sofreu uma parada cardiorrespiratória. Zoe morreu em 13 de agosto do ano passado. “Ainda estamos aprendendo a viver sem ela. Dói muito, mas não me arrependo de nada. Foram os melhores cinco anos da minha vida”, diz.
“Você me deu muito, mais do que eu imaginava. É por isso que só quero dizer obrigada, minha filha eterna: obrigada por me deixar ser sua mãe, obrigada por me ensinar todos os dias que você tem que seguir em frente”, escreveu Nuria em uma mensagem de despedida para Zoe.
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