Crystal Reynolds Fisher é mãe de Jason, de 18 anos de idade. O filho teve febre alta e ela o levou ao hospital. Após realizar exames, Jason foi diagnosticado com sepse, uma inflamação em todo o corpo, causada por substâncias químicas liberadas na corrente sanguínea para combater uma infecção.
Já que a sepse pode levar vários órgãos a falhar, e resultar na perda de vida, o jovem foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) . Diante disso, Crystal avisou à sua chefe, por mensagem de texto, que não conseguiria ir ao trabalho.
Crystal é vendedora em uma loja de conveniência de um posto de gasolina em Albion, nos Estados Unidos. E a sua gerente, chamada Dawn, não aceitou que a mãe acompanharia o seu filho na UTI. “Oi, Dawn. Aqui é a Crystal, eu estou te avisando que o meu filho está no suporte à vida (UTI), então até ele sair de lá, eu não vou ser capaz de ir ao trabalho. Eu aviso quando ele melhorar, pra que eu vá trabalhar sem problemas”, escreveu a vendedora.
“Assim não é como nós fazemos as coisas, então eu vou admitir que você está se demitindo”, respondeu a gerente. A mãe, então, questionou: “Ok, então como nós fazemos quando meu filho está no suporte à vida? Eu nunca disse que eu estava me demitindo, então eu vou admitir que você está me demitindo?”.
Dawn afirmou que, se Crystal não fosse ao trabalho, ela estaria se demitindo. “Não, não estou. Eu estou avisando que eu não consigo ir ao trabalho, porque a vida do meu filho está em risco, então estou te avisando antes”, escreveu a mãe. “Eu não vou entrar nisso com você por aqui, mas eu já estive mais do que acomodando quando permiti mudanças no seu horário de trabalho. Isso não é razão de você não poder vir ao trabalho, eu não vou tolerar drama e fim de trabalho. Se você não estiver lá pra trabalhar no seu turno amanhã, então eu vou entender que você se demitiu”, continuou a gerente.
Crystal, então, respondeu: “Ok, isso não é um aplicativo de agendamento de consultas de oftalmologista ou dentista, estamos falando sobre a vida do meu filho, ele está na UTI! Ok, eu vou entrar em contato com a corporação! Eu nunca me demito do meu trabalho”.
A gerente ainda questionou ironicamente: “E você não pode trabalhar por que? Muito drama”, passando o número corporativo da empresa. A mãe perguntou se Dawn seria capaz de ir trabalhar e ser funcionar se seu filho estivesse em risco de vida, ao que ela respondeu: “Sim, eu seria. Ainda tenho contas a pagar e alguma coisa para me manter ocupada. Nós não vamos e voltamos quando queremos na Folk Oil. Eu tenho amanhã e segunda cobertos. Seu filho está no melhor lugar que ele pode. Eu tenho uma loja para gerenciar e esse é o meu foco”.
A mãe, então, compartilhou as capturas de tela da conversa em seu perfil no Facebook, e escreveu explicando a situação e que avisou a gerente 48 horas antes de seu turno, e aquilo era o que ela tinha dito. A publicação teve mais de 53 mil reações, 32 mil comentários e 100 mil compartilhamentos.
Com isso, a empresa se manifestou em comunicação afirmando que souberam da situação em uma de suas lojas: “A PS Food Mart e a Folk Oil Company estão totalmente de acordo que isso não é aceitável. Estamos investigando a situação e garantiremos que ela seja resolvida de forma rápida e completa”, segundo o Mirror.
A companhia entrou em contato com Crystal e comunicou que ela tinha apoio e garantia de qualquer folga necessária: “Nós somos solidários com qualquer pessoa, especialmente com nossos funcionários que têm um ente querido no hospital”.
Após a investigação e apuração dos fatos, a empresa afirmou: “Descobrimos que a situação foi tratada de forma inadequada e sem a compaixão que valorizamos como empresa. A gerente não é mais funcionária da PS Food Mart”. A mãe respondeu que não tem ressentimentos com a corporação e que gosta de trabalhar para eles.