Uma história para lá de comovente acabou emocionando a internet nos últimos tempos. Michelle Hayton, de 54 anos de idade e australiana, tomou a decisão de doar o seu útero à filha, Kirsty Bryant, de 30, para que ela pudesse realizar o sonho de ter a segunda gravidez.
A filha recebeu o órgão da mãe durante uma maratona de operações que ocorreu no Royal Hospital for Women, este localizado em Sydney. Kirsty perdeu o útero no mês de abril em 2021 durante uma histerectomia de emergência para conseguir dar à luz Violet, sua única filha (até o momento) com o parceiro, Nick.
A mãe de primeira viagem acabou perdendo muito sangue e, em razão disso, ficou em coma induzido por aproximadamente 48 horas. Assim que acordou, ela descobriu que não poderia mais engravidar, já que seu útero tinha sido removido. “Fiquei incrivelmente grata por ter uma menina feliz e saudável, mas estava muito, muito triste com a ideia de não poder ter outro filho. Depois de carregar Violet, essa conexão é indescritível. Eu queria experimentar tudo isso de novo”, revelou ela ao canal internacional Channel Nine’s 60 Minutes.
Michelle, por sua vez, revelou que ficou surpresa quando a filha chegou com a pergunta, mas não hesitou em topar a ideia. “Ela não é apenas minha filha, ela é minha melhor parte, a minha melhor amiga e, sim, eu faria qualquer coisa para ajudá-la em sua jornada”. Para o transplante, a mãe precisou passar por uma cirurgia de cerca de 11 horas para a remoção e mais 4 para que este fosse colocado na filha. Rebecca Deans, médica responsável pelo procedimento, também se emocionou: “Tenho que dizer que foi um dos melhores dias da minha vida. Foi incrível pessoalmente, profissionalmente. Foi simplesmente incrível”.
Com o sucesso do procedimento, Kirsty quer ter mais dois filhos com o útero transplantado; entretanto, ela só tem aproximadamente cinco anos para dar à luz, já que se encontra usando medicamentos para que seu organismo não rejeite o novo órgão.
Ela e Nick irão iniciar um processo de fertilização in vitro, já que o casal tem seis embriões congelados. Mats Brännström, profissional da área desde 2012, está na Austrália acompanhando o caso para que este tenha um final feliz.
