Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella Nardoni, relembrou os últimos momentos ao lado da filha e tudo o que passou pela cabeça ao encontrá-la desacordada. Em entrevista exclusiva para a Pais&Filhos nesta segunda-feira, 4 de setembro, ela contou que estava na casa de uma amiga, num lugar bem próximo ao apartamento de Alexandre Nardoni, pai da criança, e quando chegou ao local, Isabella já estava caída, porém respirava.
“Minha vontade era arrancar ela dali, sair correndo, colocar ela na minha bolha”, conta. “Vi a Glória Perez falando uma frase que eu concordo. A vontade que você tem é colocar a criança no útero de novo e falar: ‘é minha, eu vou protegê-la’”, afirma.

Ao perceber a dimensão do que estava acontecendo com a filha, ela diz que só pensava em acalmar a filha, mas não pensava que ela poderia morrer. “Ali eu sabia que não estava tudo bem. Eu via que ela estava debilitada, mas a minha esperança era de que a ambulância ia chegar, ela estava respirando […] eu falava ‘Fica calma, a mamãe vai te ajudar’, e vai chegar a ambulância e eles iam ver o que ela tem”.
“Eu só queria ela viva, fosse como fosse. Se vai ficar sem andar, sei lá, só viva. Porque quando tá viva você tá ali, cuidando e amando, que era o que ela merecia”, fala.
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Relembre o caso Isabella Nardoni
A noite do dia 29 de março de 2008 chocou o Brasil com um caso que jamais será esquecido. Isabella Nardoni tinha cinco anos quando foi jogada pela janela do apartamento do prédio onde o pai e a madrasta, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, moravam na Zona Norte de São Paulo.
A investigação da polícia mostrou que não foi uma queda acidental, mas sim um homicídio. De acordo com o Ministério Público, Alexandre e Anna Carolina agrediram Isabella a ponto de acharem que ela estava morta e, por isso, decidiram se livrar da criança cortando a tela de proteção e a lançando do sexto andar do apartamento. A menina ainda respirava quando foi socorrida, mas não resistiu e morreu.

O casal sempre negou as acusações, mas foi condenado na Justiça pelo crime em 2010. Alexandre recebeu pena de 30 anos, 2 meses e 20 dias de prisão em Tremembé, interior do estado. Anna recebeu 26 anos e 8 meses, mas há pouco mais de dois meses cumpre pena no regime aberto.