A família vai aumentar! Nesta semana, a mãe de Mc Melody, funkeira mirim de 12 anos, anunciou que está esperando um bebê. Além de Melody, Daiane Severo é mãe de Bella Angel, de 14 anos. Ela tem 32 anos e está no quarto mês de gestação, mas ainda não descobriu o sexo do bebê.
Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Day lima (@daianeseveroficial) em 12 de Mai, 2019 às 4:57 PDT
Até pouco tempo atrás, Melody costumava aparecer em roupas inadequadas para a idade de uma menina. Em 2015, o Ministério Público do Estado de São Paulo abriu um inquérito para investigar se a exposição de MCs crianças – como Melody – violava “a dignidade de crianças e adolescentes por parte de seus produtores e dos publicadores na internet”.
A questão da adultização da menina foi levantada e seu perfil no Instagram chegou a ser delatado. Após as polêmicas, ela surgiu com um visual mais adequado à sua idade, como no clipe “Vai Rebola”.
Adultização e erotização precoce
Muitas propagandas usam as crianças de forma erotizada para vender diversos produtos ou mídias. Essa erotização é baseada no machismo, na objetificação das meninas e das mulheres e na valorização excessiva da aparência.
Muitas pessoas tratam esse assunto falando que as meninas amadurecem mais rápido. Não parece ser o caso. A erotização da mulher tem começado cada vez mais cedo, sendo tratadas como musas e ícones em ensaios fotográficos provocantes e adultos demais para a idade delas. Além das altas cargas de cobrança e responsabilidade que as crianças são submetidas, a imagem delas são modificadas e quando se trata de meninas vem a sexualização muito precoce e com consequências gravíssimas para formação delas.
Tanto meninos quanto meninas são protegidos pela legislação e deveriam ter seus direitos preservados. O que acontece é que meninos têm a inocência mantida por muito mais tempo enquanto elas já estão sendo vistas como mulheres, com o discurso de que provocam, de que elas é que não se comportam como deveriam em sua faixa etária.
Temos que parar de culpar as meninas por uma cultura que faz com que elas sejam vistas assim. As “meninas de hoje em dia” ainda são meninas e temos que tratá-las como tal.
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