A mãe do menino Apollo Gabriel, de 2 anos, que faleceu na última terça-feira, dia 14 de novembro, após ser esquecido dentro de uma van escolar, na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo, disse que o filho não queria ir para a escola na manhã em que perdeu a vida.
“Ele estava tão bem hoje (terça-feira, 14 de novembro). Mas quando eu fui por ele na perua ele chorou. Ele chorou. Não queria ir. E ela [auxiliar do motorista] sempre colocava ele na frente, hoje ela colocou ele no banco de trás e esqueceu do meu filho”, disse Kaliane Rodrigues em entrevista ao g1.

A avó de Apollo alegou que o neto foi vítima de irresponsabilidade do motorista e da auxiliar da van. “Deixou a perua no estacionamento, num calor terrível, como hoje, só foi perceber (que o menino ainda estava atrás) na hora de entregar as crianças. Eles não tiveram culpa, mas foi irresponsabilidade. Minha filha quer justiça. Quem cuida de criança tem que ter o máximo de responsabilidade”, afirmou Luzinete Rodrigues dos Santos, em entrevista à TV Globo.

O menino foi colocado dentro da van cerca de 07h da manhã para ir a creche, porém nunca chegou ao local. O motorista só percebeu que havia alguém dentro do veículo às 15h30 da tarde, mais de 6 horas depois de Apollo ter entrado.
Ao ser encontrada, a criança foi levada ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, no bairro Parque Novo Mundo, porém Apollo já chegou sem vida ao local.
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Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a suspeita é que Apollo tenha falecido por conta das altas temperaturas que estão sendo registradas no Estado nos últimos dias. Na terça-feira, a temperatura alcançou a máxima de 37,7°C na capital paulista, a segunda maior nos últimos 80 anos, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia.
Em nota oficial, a Secretaria também informou que o motorista responsável por levar Apollo até a escola foi descredenciado:
“A Diretoria Regional de Educação (DRE) acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família. Um Boletim de Ocorrência foi registrado, e a Diretoria Regional de Educação (DRE) está à disposição das autoridades competentes para auxiliar na investigação”, afirmou a secretaria ao Metrópoles.