Stephanie Silva, mãe de uma criança de 3 anos, contou que o filho foi vítima de racismo na escola de rede municipal em Itaquera, Zona Leste de São Paulo na última sexta-feira, 27 de maio, quando professoras o colocou para usar máscara de macaco.
A mãe disse que a escola Centro Educacional Infantil (CEI) Monte Carmelo II enviou um aviso por meio da agenda escolar um comunicado para que as crianças fossem fantasiadas com tema ”circo” para comemoração do mês dos aniversariantes. Ela comprou uma fantasia de palhaço com calca, suspensório, gravata, nariz vermelho e pintura facial.
Stephanie disse o quanto ele estava super animado para participar da festa e que ficou surpresa quando o viu sair da escola sem parte das peças que ela tinha vestido nele. Sem questionar o que tinha acontecido pela ausência dos acessórios no filho, a mãe se chocou no dia seguinte com o vídeo publicado nas redes sociais pela escola administrada pela Associação Evangélica Monte Carmelo, onde mostra o garoto com uma máscara de macaco enquanto outras crianças cantavam no fundo ”você virou, você virou um macaco”.
Para Stephanie, o filho estava notoriamente desconfortável no vídeo já que segundo a mãe, ele é sempre muito alegre e espoleta. Ao buscar a escola para entender o ocorrido, Stephanie questiona a falta de retratação que não teve e a atitude da escola em apagar comentários que criticava a postura da escola na publicação nas redes sociais, ocultando possíveis polêmicas.
A escola apenas enviou uma mensagem privada para a mãe que indignada registrou Boletim de Ocorrência no 64° DP da Cidade AE Carvalho. Em nota, a Secretaria Municipal da Educação comunicou que o “caso será apurado e a Diretoria Regional de Educação (DRE) notificará a Organização da Sociedade Civil (OSC) responsável pela unidade para esclarecimentos, sob risco de penalização, conforme legislação. A DRE está à disposição da responsável pela criança”.