
Quando Krysta Davis estava na 18ª semana de gestação, ela e o marido, Dereck Lovett, foram informados de que o feto tinha anencefalia – um grave defeito congênito no qual o bebê é gerado sem partes do cérebro e do crânio.
Os médicos disseram que a expectativa de vida do bebê era de apenas alguns dias, então sugeriram que o parto fosse induzido e o bebê nasceria naquele momento ou que a gravidez poderia prosseguir e os órgãos seriam doados para outras crianças.
Krysta e Dereck optaram pela segunda alternativa e, na véspera de Natal, nasceu a menina Rylei Arcadia Diane Lovett.
Em um post compartilhado no Facebook que os pais criaram para a filha “Rylei Arcadia: Uma jornada inesperada”, Krysta escreveu: “Rylei me surpreendeu a partir do momento em que vi seu rosto. Estou apaixonada por minha filha e sou muito grata à todas as pessoas que compartilharam esse dia conosco. Estou feliz em poder dizer que ela desafiou todos nós respirando sozinha por quase 9 horas. Eu a amo muito. Obrigada a todos por seus pensamentos e orações. Ela é perfeita”.

Os pais aproveitaram ao máximo cada momento que tiveram com Rylei, que deveria viver apenas 30 minutos, mas viveu por 1 semana. “Não há como descrever como foi incrível. Quando você pensa que terá apenas 30 minutos com sua filha, ela te dá uma semana inteira”, disse Krysta em entrevista à ABC.
Em 31 de dezembro, Krysta escreveu em seu Facebook: “Carreguei essa linda alma por 9 meses, enquanto meu marido, amigos e família a enchiam de amor enquanto ela crescia. Nunca teria imaginado que ela seria diagnosticada com anencefalia. Ela nos abençoou com uma semana de sorrisos”.
Krysta também disse que não trocaria essa semana por nada no mundo inteiro e que a história da filha inspirou muitas pessoas. “Sinto falta dela, mas sei que ela está feliz por mudar as nossas vidas. Descanse em paz, minha linda filha”, ela declarou.

Krysta explicou que Rylei virou uma heroína para outros recém-nascidos, doando duas válvulas cardíacas. Seus pulmões também foram doados para pesquisas sobre o desenvolvimento de anencefalia.
Ela e Dereck esperam que a história da filha desperte a consciência das pessoas sobre doação de órgãos e sobre a anencefalia. “Espero que outros pais que tiveram filhos com um diagnóstico semelhante encontrem força e conforto sabendo que não estão sozinhos”, diz Krysta.
“É tão fácil se preparar para ter um bebê, mas é muito difícil se preparar para não levá-lo para casa. Espero que mais mães considerem a doação de órgãos como eu, para que outros pais tenham a chance de levar seus filhos para casa”, ela conclui.
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