Na segunda-feira, 06 de novembro, Patrícia Rocha, uma psicopedagoga de 26 anos de idade foi buscar o seu filho, de 1 ano, na creche Educa Mais, em Paranoá, uma região administrativa no Distrito Federal.
Quando ela chegou, encontrou a criança em uma sala que estava trancada, com as luzes apagadas e infestada por baratas. Os vizinhos da unidade de ensino, que estavam na porta, afirmaram que há meia hora ouviam o choro do menino.
Com a voz embargada pelo choro, a mãe gravou o ambiente onde encontrou o filho, escuro, cheio de carrinhos de bebês e na gravação é possível observar uma barata andando pelo chão do cômodo.
Dois vizinhos da creche, Ketlen e Jhonatan Alencar, de 24 e 28 anos de idade, acompanharam tudo da janela de casa. O homem foi quem arrombou a portal juntamente com a ajuda de outro residente da região.
Eles agiram em torno das 19 horas, sendo que, segundo Jhonatan, a última funcionária deixou a instituição às 18 horas e 25 minutos, e o bebê começou a chorar 5 minutos depois. A polícia foi chamada, mas só chegou às 19 horas e 33 minutos.
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Outra vizinha ligou para a dona da creche, que chegou aproximadamente às 19 horas e 17 minutos após diversas ligações telefônicas. A unidade afirmou em nota à imprensa que, assim que soube do ocorrido, ordenou que os portões fossem arrombados.
O pai do menino, Davi Nascimento, que é estudante de enfermagem e havia conseguido um estágio, por isso o filho havia sido matriculado na creche, conta que, tanto a mãe, quanto o bebê estão abalados com o que aconteceu.
Davi afirma que o episódio mudou o comportamento da criança. “Meu filho é alegre, sorridente… Agora, ele está choroso, acuado e agressivo”, lamentou. Um boletim de ocorrência foi registrado na 6ª Delegacia de Polícia.
Além disso, ele também alega que reuniu mais de dez testemunhas e encontrará um defensor público para que uma ação judicial seja movida contra a creche. As informações são do Metrópoles.
Confira na íntegra a nota da creche à imprensa:
“No episódio em questão, a criança encontrava-se desacompanhada por aproximadamente cinco minutos em um espaço sem que tenha sido notada a sua ausência pelos nossos funcionários. Assim que tivemos conhecimento desse ocorrido, a direção agiu com prontidão, ordenando imediatamente que os portões fossem arrombados e que a criança fosse amparada, felizmente, sem qualquer ferimento. Contudo, lamentavelmente, o pai da criança, mesmo após a resolução pacífica desse incidente, invadiu as dependências da escola de forma agressiva, provocando danos materiais e proferindo ameaças à integridade física de nossos funcionários e familiares. Ressaltamos que estas ameaças já foram formalmente denunciadas às autoridades competentes, e a apuração dos fatos está sob segredo de justiça, devido à sensibilidade do caso, especialmente por envolver menor de idade”.