Ellen Friedrichs, mãe de 3 filhos, resolveu explicar para a mais nova como a sua família é estruturada. O relato foi feito em primeira pessoa no Huffpost e você pode conferir aqui alguns trechos. A norte-americana teve seus primogênitos com o primeiro marido, Joe. Mas, ele faleceu quando as crianças tinham 3 e 6 anos.
Ellen então conheceu Brian, seu segundo marido, e com ele teve a caçula. Ainda bebê, o pai faleceu. Agora, aos 3 anos de idade, a mãe faz questão de explicá-la sobre a história da sua família: “Antes de você nascer, os mais velhos tinham um pai diferente. Seu nome era Joe. Ele morreu e nós ficamos muito tristes. Depois de um tempo eu conheci o seu pai, e nós tivemos você, e agora somos todos uma família unida”.
A mãe justifica essa atitude dizendo que não quer que a filha seja privada de informações e se sinta confusa ou “à parte” da família. Ellen não nega a dificuldade em contar essa história para a caçula, mas entende que ela precisa de respostas e ela poderá oferecê-las: “A última coisa que eu quero é que minha filha cresça como uma heroína trágica em uma novela gótica cujos segredos da família são revelados de forma que a protagonista fica com sua vida inteira de pernas para o ar”.
Ellen nunca foi a favor de segredos e disse seguir o guia dos especialistas desde a morte de seu primeiro parceiro: garantir que as crianças soubessem que está tudo bem em falar sobre seu pai; entender que as crianças ficam mais assustadas quando veem seus pais com medo do que tristes, então está tudo bem em chorar na frente deles; e a importância de guardar as memórias com álbuns e caixas.
Nesses guias, a mãe ressaltou a importância em não mentir para seus filhos, embora desviar do script seja tentador e relembrou a frase de sua terapeuta: “Não prometa a eles que nunca irá morrer. É uma promessa que você não tem como ter certeza se irá cumprir, e se algo der errado, eles se sentirão inseguros sabendo que você mentiu”.
Ellen contou que a pior parte da conversa é “tentar fazer sentido no paradoxo da morte que possibilitou a construção da sua família atual”, por isso diz que por vezes, abraça os seus filhos e faz promessas que não tem certeza se poderá cumprir. Em todas as situações, o que lhe motiva é mostrar para “os filhos mais velhos que não precisam fingir que sua vida anterior não existiu; e que a caçula saiba que não há nada sobre a vida anterior que está fora de seus limites simplesmente porque ela veio depois”.
A vocação para narrar histórias e transformar roteiros complicados em algo bonito está no sangue. Ellen cresceu ouvindo sua mãe contar sobre as aventuras de seu pai, que faleceu quando ela estava no colegial. A norte-americana entende que faz parte do ciclo da vida e prefere tornar a aceitação o melhor possível para seus filhos.
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