Publicado em 08/07/2024, às 16h09 por Malu Lopes
No último fim de semana, Antonya Cooper, de 77 anos, de Abingdon, Oxfordshire, no Reino Unido morreu após ser diagnosticada com câncer terminal de mama, pâncreas e fígado, conforme informou sua família. Dias antes, Antonya teria admitido ter tirado a vida do seu próprio filho através de uma dose letal de morfina, visto que a criança de 7 anos teria recebido um diagnóstico de câncer terminal.
De acordo com o tabloide britânico Mirror, recentemente, Cooper confessou ter encerrado a vida de seu filho Hamish, de sete anos, em 1981, numa tentativa de mudar a lei sobre morte assistida.
Seu filho, Hamish, de 7 anos, foi diagnosticado com neuroblastoma, um câncer raro que afeta principalmente crianças menores de cinco anos. Cooper relatou que seu filho estava com muita dor e, ela admitiu ter lhe dado uma dose elevada de morfina através de um Cateter Hickman, o que tirou sua vida.
Cooper admitia ter realizado um assassinato. "Se [a polícia] vier 43 anos depois de eu ter permitido que Hamish morresse em paz, então eu terei que enfrentar as consequências. Mas eles teriam que ser rápidos porque eu também estou morrendo", disse a mãe em uma entrevista realizada pela BBC.
A entrevista teria levado a Polícia de Thames Valley a visitar a família e entender melhor o caso em questão.
"Sinto fortemente que, no momento em que Hamish me disse que estava com dor e me perguntou se eu poderia aliviar sua dor, ele sabia, de alguma forma, o que iria acontecer. Não posso dizer claramente por que ou como, mas eu era a mãe dele, ele amava a mãe dele, e eu o amava completamente. Eu não ia deixá-lo sofrer, e sinto que ele realmente sabia para onde estava indo", disse Antonya para explicar sua decisão.
A polícia de Thames Valley declarou anteriormente estar “ciente de relatos relacionados a um aparente caso de morte assistida de um menino de sete anos em 1981”. O caso divide opniões, visto que, os defensores da mãe, argumentam que as pessoas devem ter o direito de escolher quando e como morrer para evitar sofrimento. Já quem não concorda com a decisão, acreditam que mudar a lei "colocaria pressão sobre pessoas vulneráveis para acabar com suas vidas".
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