Mãe, pai e filho morreram uma semana depois de contraírem a covid-19, depois de recusarem a tomar a vacina. Outro filho do casal, Francis Gonçalves, de 43 anos, deu uma entrevista ao Wales Online e contou que os pais tinham problemas de saúdes subjacentes. “Eles foram pegos por uma grande quantidade de propaganda antivacinação que está circulando. Eles atacam as pessoas que estão com medo e elas caem na armadilha”
Francis disse que os pais começaram a se sentir doentes depois que visitaram o irmão, Shaul, de 40 anos, no dia 8 de julho, em Portugal. Depois, eles testaram positivo para coronavírus e Basil e Charmagne foram prontamente internados no hospital no dia 12 de julho. A suspeita é de que eles pegaram a doença quando Basil estava no hospital devido a cálculos renais em 6 de julho. Como Basil tem problemas de saúdes, ele foi colocado em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dois dias depois.
Francis conseguiu um breve contato com os pais por mensagem de texto, mas como eles não tinham carregadores de celular no hospital, a comunicação ficou por conta de Shaul, que o mantinha atualizado. Depois de alguns dias, enquanto esperava o resultado de um teste PCR para viajar, Francis recebeu uma mensagem namorada de seu irmão dizendo que ele também havia sido levado às pressas para o hospital, em 17 de julho.
Shaul, que era uma pessoa saudável, morreu na madrugada seguinte, segundo o irmão: “Se ele não estivesse malhando na academia ou correndo, ia dar uma caminhada. Ele não bebia há 15 anos e comia uma dieta baseada em vegetais“, conta. Ele ainda reforça que acredita que a vacina teria salvo a vida de Shaul.
Três dias depois da morte do irmão, um novo telefonema apareceu e ele foi informado que o pai também havia falecido por conta da doença. Ele chegou em Portugal no dia seguinte, 21 de julho, e os médicos vestiram ele com um EPI completo para conseguir ver a mãe, que também estava em coma induzido. Ela tinha uma doença auto-imune e acabou morrendo no dia 23 de julho. Francis teve que enterrar o pai, a mãe e o irmão lado a lado em um cemitério em Lisboa, em uma seção que é dedicada às mortes relacionadas a covid-19. “Eles disseram que durante toda a pandemia nunca trouxeram três corpos da mesma família”, lamentou.
