Uma mulher diz que ‘morreu’ no dia 13 de agosto de 2015, uma quinta-feira. Isto porque Zilda Maria de Paula, de 68 anos, perdeu o filho único neste dia, Fernando Luiz de Paula, de 34 anos. O homem foi assassinado em Osasco.
Ele e outras 17 pessoas foram mortas por três policiais militares e um guarda civil, entre Osasco e Barueri, na maior chacina do estado de São Paulo. A mulher relatou para o portal Tab Uol, que o filho dela era seu companheiro. Após a perda, Zilda se tornou articuladora do movimento 13 de Agosto, que reúne mães das vítimas de Osasco e Barueri.
Ela está organizando um ato para esta sexta-feira, 12 de julho, em frente à estação da CPTM em Osasco. Também irá acontecer um debate sobre violência de Estado no sábado, 13 de julho, por conta dos 7 anos da tragédia.

Zilda fala que esta “sobrevivendo no inferno”, fazendo referência ao álbum dos Racionais MC’s. “Eu tô na rua de bombeta e moletom”, continuou ela, desta vez fazendo referência a música “Capítulo 4, Versículo 3”.
Fernando Luiz de Paula morava com a mãe na periferia da Zona Norte de Osasco, e ela conta que ele ajudava em casa. Ele também serviu o exército mas foi dispensado meses depois.
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