Para as mães, dar o melhor de si na criação dos filhos, significa fazer muitas escolhas – mas, algumas delas precisam ser diferentes – mesmo que isso signifique sair da sua zona de conforto e se colocar em primeiro lugar.
Isso significa que você pode se sentir saudável, ter uma ótima aparência e uma vida feliz, ao mesmo tempo que concilia uma família à própria carreira. A chave de tudo isso? Projetar uma vida equilibrada por meio de escolhas intencionais que alimentam seu corpo, mente e alma.
É mais fácil falar do que fazer, certo? Julie Burton, autora do livro “A solução para o autocuidado: o guia obrigatório para uma mãe moderna sobre saúde e bem-estar”, entende muito bem essa luta:
“A maioria das mães sente essa pressão em relação à sua decisão de trabalhar ou ficar em casa, e quase todas as mães, independentemente do status de trabalho, lutam com sentimentos de culpa quando passam tempo longe de seus filhos para praticar o autocuidado”, diz Burton, cujos quatro filhos têm entre 12 e 22 anos. “As mães têm uma longa lista de coisas a fazer e, por padrão, muitas vezes se colocam no final da lista. Às vezes, nem chegam à lista”.
A própria luta de Burton com a ideia de equilíbrio, alegria e maternidade a levou a entrevistar mais de 400 mães, perguntando sobre seus insights e sobre como encontrar equilíbrio e praticar o autocuidado enquanto cria os filhos. Os desafios comuns e estratégias de sucesso de cada mãe, ajudaram a moldar os conselhos práticos do livro dela. No entanto, a opinião comum para todos foi: “Você não pode negligenciar o autocuidado”.
“No momento em que você se tornar mãe e se comprometer a cuidar de seu filho, estabeleça uma intenção para si mesma: ‘vou me honrar e me respeitar cuidando regularmente de minhas necessidades. Isso me deixará mais feliz e mais capaz de cuidar de minha família’”, diz Burton. “Como mães, temos uma enorme oportunidade de dar um grande exemplo para nossos filhos de como ser gentis conosco e, por sua vez, como ser gentis com os outros”, disse.
Contudo, é preciso começar de algum lugar. “Onde e como você começa, especialmente se você esteve no final da sua própria lista de tarefas? Coloque-se de volta na lista”, diz Burton. “Comece escrevendo 10 minutos por dia só para você . Seja paciente consigo mesma, mantenha seus sonhos vivos e trate-se com o mesmo amor e a compaixão que mostra aos outros.”
Para ajudá-la a criar uma mentalidade de autocuidado, concentre-se nessas seis ideias e atividades simples.
1. Faça seu corpo se mover
Se você precisa se exercitar com mais frequência ou apenas quer mudar sua rotina regular, escolha atividades que te motivem a se exercitar de forma consistente.
Faça uma aula de ioga ao ar livre; inscreva-se para uma corrida; faça academia; experimente um luta; faça dança ou pilates em casa. Burton ainda aconselha às mães a adicionarem elementos de diversão, como festas dançantes na sala de estar com seus filhos ou andar de patins.
2. Alimente bem o seu corpo
Alimentos de boa qualidade abastecem seu corpo, portanto, certifique-se de que está comendo e bebendo bem. “É uma tendência natural colocar seus filhos em primeiro lugar”, admite Sara Haas, porta-voz da Academia de Nutrição e Dietética e mãe de uma filha de 4 anos.
“Mas você precisa se alimentar corretamente. É ótimo para seus filhos verem você praticando o autocuidado, porque você está modelando um comportamento saudável”. A especialista selecionou algumas ideias simples para tornar a alimentação saudável um hábito.
Torne-se vegetariano uma vez por semana. Compre produtos orgânicos em mercados de produtores locais. Cozinhe com mais frequência. Beba água em vez de refrigerante. E reserve alguns minutos para planejar o que manterá na geladeira a cada semana, para que possa fazer refeições rápidas, saudáveis e fáceis.
3. Tire um tempo para si mesma
Não deixe sua agenda lotada diminuir o tempo que você tem para curtir a família e os amigos. Se for difícil ir à balada – e isso a gente entende! Então tente agendar pelo menos algum tempo para você mesma regularmente. Lembrando que balada apenas após a pandemia, claro!
Marque a primeira sexta-feira de cada mês à noite, por exemplo, ou agende um café no sábado pela manhã com seus amigos. Estabeleça a meta de convidar seus vizinhos para jantar pelo menos uma vez por mês – e planeje uma pizza e um filme com os filhos de todos.
4. Sua saúde também é prioridade
Você não deixaria seus filhos perderem os exames anuais – portanto, não deixe sua saúde cair no esquecimento! Burton diz que já ouviu muitas histórias de mulheres ignorando os sinais de seus corpos e negligenciando procurar atendimento médico, resultando em sérios problemas de saúde.
Então, agende check-ups anuais, mamografias, exames de pele, papanicolau, vacinas contra gripe, exames de visão, vá ao dentista ou agende qualquer exame que seja necessário para manter a sua saúde em dia.
5. Durma bem
As mães muitas vezes são sugadas pela mentalidade de “fazer as coisas antes que as crianças acordem”. Mas Alon Y. Avidan, Diretor do Centro de Distúrbios do Sono da UCLA, ressalta a importância das mães não economizarem no sono.
“Nós sabemos por pesquisas que a falta crônica de sono tem consequências adversas para a saúde: pessoas que dormem consistentemente menos de seis horas experimentam aumento do apetite, o que causa ganho de peso e aumenta o risco de depressão, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2”, explica.
Para te ajudar a dormir melhor, o especialista separou coisas a evitar perto da hora de dormir. Para Avidan, é preciso ficar longe de comida, álcool, conversas emocionalmente perturbadoras e estimulantes (como cafeína e nicotina). Ele também aconselha estabelecer uma rotina regular e relaxante para dormir.
6. Fique conectado consigo mesmo
Como mãe, é fácil se perder nas rotinas do dia-a-dia da vida familiar: caronas, lavanderia, preparar refeições, pagar contas, limpar, etc. Antes que você perceba, 10 anos se passaram e você se perdeu na rotina. O antídoto? Busque hobbies.
“Meu livro lista questões de autoavaliação sobre o que lhe traz alegria, e isso pode mudar com o tempo”, diz Burton. “Estamos evoluindo ao longo de toda a nossa vida e ficarmos conectados às nossas paixões mais íntimas é o que nos mantém plenamente vivos e alegres.”