A Boca da Onça, maior cachoeira do Mato Grosso do Sul, tem 156 metros e é localizada em Bodoquena, cerca de 304 quilômetros de Campo Grande, secou completamente com a falta de chuva neste inverno.

De acordo com o gerente de turismo da fazenda que opera passeios no local, Cristiano Godinho, a cachoeira começou a apresentar ressecamento no fim do mês de julho e, já está completamente seca. Um dos principais motivos para esse acontecimento é o fenômeno La Niña, que acontece pela diminuição da temperatura da superfície das águas dos oceanos, resultando em um atraso nas chuvas que alimentam duas das nascentes e aumentam o período de seca extrema. “Fazemos o apontamento das chuvas desde 2004, e, infelizmente estamos no 4º ano consecutivo que temos uma queda acentuada nas chuvas, isso em toda região de Bonito”, afirmou Cristiano.
Segundo o meteorologista Natálio Abraão ao G1, choveu menos que esperado na região, situação que comprometeu a vazão de importantes rios que cortam Bonito e Bodoquena. Segundo ele, essa situação vai continuar pelo menos, até final deste mês.

Turismo
Apesar da forte seca, a Boca da Onça continua sendo um dos principais pontos turísticos e para que o cliente não tenha prejuízo, foram feitas algumas adaptações. “Adicionamos a cachoeira da Fonte, que fica no Rio Salobra, como alternativa de banho para a cachoeira Boca da Onça. Também estamos trabalhando com valor promocional para compensar essa perda e disponibilizamos 2 roteiros para atender o publico em geral, ambos com o mesmo valor”, explicou o gerente ao G1.

Além das trilhas a fazenda oferece atividades como o Maior Rapel de Plataforma do Brasil, com 90 metros de descida, e também circuito pelas cachoeiras da região. “Todas essas opções de passeio incluem café da manhã, com mais de 23 pratos, almoço, com mais de 15 opções (sendo algumas veganas), guia, seguro e todo o trajeto com os pontos de banho”, diz Cristiano.