Uma mãe levou o filho de 10 meses até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região onde mora no litoral paulista, com queixa de assaduras no bebê e teve uma surpresa ao perceber que a médica da unidade receitou um remédio inexistente para o tratamento.
O caso aconteceu em Santos e veio a público nesta terça-feira quando o pai do bebê contou que a esposa levou o filho ao pronto-socorro, pois ele estava com um quadro de assaduras graves na região íntima e diarreia. Depois do atendimento foram em busca do medicamento receitado pela médica nas farmácias locais.
A surpresa foi quando os farmacêuticos de duas farmácias diferentes informaram que o medicamento não existia. Ela havia receitado a ‘pomada loratadina’, porém o medicamento é conhecido por ser antialérgico e não existem registros do mesmo ser comercializado em forma de pomada.
O pai, que preferiu não se identificar, contou sobre como se sentiu diante do que aconteceu com o filho. “É difícil julgar a médica, [talvez] não estava em um dia bom, trabalhando demais, mas devemos pensar que poderia ser algo mais grave. Ela receitou um medicamento para alergia que não existe, mas poderia ser algo mais grave”, disse ele em entrevista ao G1.
Do ponto de vista de especialistas, a farmacêutica toxicologista Paula Carpes Victório explicou ao G1 o que pode ter ocasionado a prescrição errada, para ela a médica pode ter confundido o medicamento polaramine, que possui o formato em creme, com a loratadina que só é vendida em comprimido ou xarope.
Ela continuou a entrevista dizendo sobre o papel do farmacêutico em casos como este. “É um medicamento até então inexistente, a gente não sabe se saiu do mercado há muitos anos, mas essa apresentação eu desconheço. Nesse caso, o farmacêutico pode ligar para o médico para se certificar do que realmente é ou não havendo essa possibilidade, recomendar que o paciente volte a falar com o médico”, disse a profissional.
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