Na noite de segunda-feira, 03 de julho, a menina Isabela de 1 ano de idade, que estava desaparecida desde a sexta-feira, 30 de junho, foi encontrada pela Polícia Militar, próximo a um comércio na região metropolitana do município de Santo André.
Testemunhas informaram aos agentes policiais que um homem havia deixado a menina com uma funcionária do comércio e dito que ela estava em situação de abandono. A mulher reconheceu Isabela e contatou as autoridades.
O encontro de Isabela foi registrado no 6° DP Santo André, o 11° DP (Santo Amaro) segue investigando e ela foi entregue aos seus pais. O exame de corpo de delito foi solicitado.
Apuração
Segundo Marcel Druziani, do 11° DP (Santo Amaro), uma mulher chamada Sandra é a principal suspeita. “Talvez, em um primeiro momento, seja adoção ilegal, mas não é descartada possibilidade de tráfico para qualquer outro fim”, disse para o G1.
Ele também informou que a família veio da Bahia há cinco meses e que, a mãe que vende balas no semáforo de Santo Amaro para colaborar compor a renda familiar, conheceu há pouco tempo a suspeita que foi muito simpática e solidária, oferecendo doações para a família e se aproximando gradativamente.
O caso
A mulher que viu a filha de 1 ano ser sequestrada na sua frente em Santo Amaro, zona sul de São Paulo, na sexta-feira, 30 de junho, disse ao Metrópoles estar “desesperada” por notícias de Isabela. Evanisa Vieira da Silva, de 35 anos, vendia balas em um semáforo no cruzamento das ruas Coronel Luís Barroso e Vera Cruz no momento que sua filha foi sequestrada.
Segundo o desabafo de Evanisa, ela parou para dar água à filha enquanto dois homens saíram de um Celta Sedan de cor cinza, que havia estacionado ao lado delas, e puxaram a menina para dentro do veículo. “Foi tudo muito rápido. Ainda não tivemos notícia. É um pesadelo”, havia relatado a mãe.
O pai da menina, Gilson Santos Nascimento, afirmou ter esperança de que Isabela fosse encontrada logo pela polícia. “O que eu espero é receber um telefonema dizendo: ‘Encontrei sua filha, vem buscar ela’. A minha alegria toda seria essa. Não só minha. Minha, da mãe, da família toda”, disse ele.
Segundo Gilson, a menina é muito apegada a ele. “É um pesadelo muito pesado. Tudo era eu. Era para dar banho, trocar fralda, tudo era eu. Dormia comigo, com as perninhas jogadas em cima de mim. Acordava me beijando, me abraçando. Isso tudo me dói”, afirmou o pai.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), a equipe do 11º Distrito Policial, onde o crime foi registrado, solicitou apoio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Entre as linhas de investigação estavam tráfico de crianças e vingança.
A mãe prestou depoimento, e segundo ela, havia três pessoas no carro, dois homens e uma mulher. Um deles estaria armado.
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