Uma fatalidade aconteceu na Inglaterra e os pais ainda estão tentando entender o que houve com a filha, de 14 anos, que inalou desodorante e pedem a rotulagem do produto para alertar outros pais sobre os riscos.
A garota foi identificada como Giorgia Green, morava na cidade de Derby, na Inglaterra, e teve uma parada cardíaca depois de borrifar desodorante no quarto dela em 2022. Após a fatalidade, os pais ficaram sabendo que outros jovens também morreram após inalar desodorante.
Quem se pronunciou sobre o caso foi a Associação Britânica de Fabricantes de Aerossóis, que falaram que o produto tem “advertência muito claras”. Acontece que no Reino Unido, é obrigatório ter a impressão na embalagem sobre ‘manter fora do alcance das crianças’.
Os pais de Giorgia falaram com a BBC, e apontaram que as pessoas não tem noção do perigo do conteúdo ‘dessas latas’ [desodorante]. “Gostaria que ninguém mais no país ou no mundo passe pelo que passamos. Não queremos que a morte da nossa filha seja em vão”, falou o pai dela.
Eles também defendem o aviso de que o produto pode ‘matar instantaneamente’, afinal, a filha não fazia o uso abusivo do item. Acontece que Giorgia era autista e gostava de borrifar o desodorante na cama, por alegar que ficava mais ‘cheiroso’. Paul Green, pai de Giorgia, falou: “O cheiro dava a ela uma certa sensação de relaxamento. Se ela estivesse se sentindo um pouco ansiosa, ela borrifava o desodorante e isso fava uma sensação de conforto, porque era o desodorante que minha esposa usava”.
Os investigadores do inquérito da morte da garota chegaram à conclusão que foi um incidente e a causa médica foi dada como ‘não determinada, mas consistente com a inalação de aerossol’.
Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) do Reino Unido, a palavra ‘desodorante’ vem sendo mencionada em mortes desde 2001, e, até 2020, foram 11 menções. Porém, é possível que o número real de mortes sejam menores, pois as substâncias de desodorante nem sempre aparecem nos atestados de óbitos.
Já no atestado de óbito de Giorgia, disse que a causa da morte foi “inalação de aerossol” e não, em “desodorante”. O butano que foi citado no atestado da garota, foi registrado em ao menos, 324 mortes de 2001 a 2020. As outras substâncias, propano e isobutano, que também estavam no atestado de Giorgia, foram mencionados em outros 123 e 38 mortes.