Enquanto estava sendo contido após o tiroteio na sua escola, em Virgínia, Estados Unidos, o menino teria admitido “eu fiz isso”, e ainda acrescentou que teria pego a arma da sua mãe na noite anterior. A professora, Abigail Zwerner – que sobreviveu – entrou com um processo de $40 milhões de dólares no início deste ano. O garoto não foi indiciado.

A mãe do menino, Deja Taylor, no entanto, foi acusada de negligência infantil e contravenção por deixar uma arma de fogo carregada de forma imprudente, colocando uma criança em perigo. Em junho, ela também foi acusada de usar ilegalmente uma substância controlada enquanto estava de posse de uma arma de fogo e de fazer uma declaração falsa durante a compra do equipamento.
Deja Taylor será sentenciada em outubro e pode pegar até 25 anos de prisão. Uma declaração do advogado da família em janeiro explicou que eles estavam cooperando com as autoridades e tentando entender como o menino conseguiu acesso à arma. Os pais afirmaram que o filho “sofre de uma deficiência aguda e estava sob um plano de cuidados na escola”.

O disparo foi considerado “intencional”, baseado em relatos anteriores sobre o comportamento da criança, que a escola teria omitido. Segundo o portal de notícias, Washington Post, o menino escreveu uma nota afirmando que odiava sua professora e queria vê-la morta. Quando a professora apresentou o bilhete aos administradores da escola, eles a instruíram a ignorar a situação. Outros incidentes incluem o menino jogando cadeiras na sala de aula, o que fez outros alunos se esconderem sob as mesas, e ele também teria barricado as portas de uma sala de aula, impedindo que alunos e professores saíssem.

Amy Korvac, especialista em ataques escolares, ouviu os tiros e conteve o aluno até a chegada da polícia. Foi nessa época que o menino supostamente confessou o tiroteio, usando palavrões para se referir à Sra. Zwerner. Em entrevista ao Washington Post publicada na quarta-feira, 16 de agosto, Korvac disse que entrou na sala de aula após o tiroteio, onde encontrou o menino de seis anos ao lado de sua mesa com os braços cruzados e uma arma no chão ao seu lado.
Ela disse que pegou a mão do menino e o levou até a frente da sala de aula, onde usou um telefone para ligar para o 911. “Enquanto eu o segurava, ele me disse que pegou a arma de sua mãe na noite anterior e a colocou em sua mochila”, disse Kovac ao jornal. “Ele também me disse que só teve tempo de carregar uma bala.”

Os documentos do tribunal também mencionam outro incidente com o mesmo aluno enquanto ele estava no jardim de infância. Uma professora já aposentada disse à polícia que o garoto começou a “sufocá-la a ponto de ela não conseguir respirar”. No processo de Abigail Zwerner, aberto em abril, ela acusa os funcionários da escola de negligência e grosseira por ignorarem os sinais de alerta e argumenta que os réus sabiam que a criança “tinha um histórico de violência.”