Arthur da Luz Santos, foi morto esfaqueado, aos 7 anos, pelo padrasto, identificado como Rodrigo Bispo dos Santos, enquanto tentava salvar a mãe de uma agressão no bairro do Doron, em Salvador. A família da criança resolveu doar seus orgãos.
Arthur estava internado desde o último sábado, 29 de junho, dia do crime e teve morte cerebral nesta quarta-feira, dia 3 de julho. Sua mãe, Mariza da Luz Santos, de 30 anos não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo também, apesar dos esforços do menino para salvá-la.

Segundo a Polícia Militar, as equipes da 23ª Companhia Independente foram informadas que um homem que estava sendo agredido por populares na Travessa Ana Lúcia Torres.
Ao chegarem ao local, os policiais foram informados de que o homem em questão tinha esfaqueado a companheira, o enteado e colocado o próprio filho, um bebê de apenas um mês, dentro de um balde com água fria.
Além disso, o padrasto ligou o gás da casa e trancou os dois pequenos para tentar fugir. As crianças foram resgatadas pelos militares e encaminhadas ao Hospital Geral do Estado. O recém-nascido recebeu alta e já está sob cuidados de familiares.
O criminoso foi levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva no domingo, 30 de junho.

Vizinhos e parentes relatam que Mariza sofria agressão do companheiro há 3 anos, mas que mesmo que tentasse sair do relacionamento, ele não deixava. “Ele sempre foi o demônio, ela sempre deu sinais que não queria mais ele, mas ele não saía da vida dela. Ele não saía de jeito nenhum, até que fez uma brutalidade dessa e tirou a vida dela”, disse a irmã da vítima, Larissa Santos ao Metrópoles.
Revoltada, a irmã e tia das vítimas pede por justiça: “Ela queria sair dele, mas ele perturbava ela todos os dias. Ele é um monstro, só peço justiça e que esse monstro não saia da cadeia.”