Um menino de 9 anos, que teve a identidade preservada, saiu um dia de casa para jogar bola com os amigos perto de onde morava, em um bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ao voltar para casa, ele percebe que a porta estava aberta e não havia mais ninguém ali: a família tinha se mudado. As informações são do O Globo.
Depois de 10 dias, a criança chegou a uma padaria, e conversou com uma atendente sobre o que havia acontecido. Ela então abrigou o menino em sua casa, e também foi dar queixa na polícia sobre o caso.
De acordo com as apurações, o menino morava com a mãe e outros irmãos – a criança diz que são 4, os vizinhos contam 11 ou 12, mas o número no sistema de nascimentos e óbitos do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) é de 7 crianças registradas no nome da mãe.
A mãe, por sinal, é dependente química e também vítima de vi0lênci@ doméstica, segundo a vizinhança. A casa onde ela morava com os filhos tinha sido alagada e a última vez que ela foi vista, tinha colocado a mudança em uma carroça puxada por um cavalo e junto de dois filhos ainda mais novos foi embora. O pai das crianças não era conhecido.
O caso aconteceu em 2022, e é um dos 168 aband0n0s de menor registrados no Módulo Criança e Adolescente (MCA), do Ministério Público do Rio. Os dados mais recentes são de dezembro do ano passado, quando 1.471 menores estavam abrigados no estado. Entre os principais motivos, a negligência é a mais comum, seguida de abus0s $ex*al, físico e psicológico e situação de rua.
Neste ano, em abril, após a busca por parentes do menino sem sucesso, a criança, que estava em um abrigo, foi encaminhada à adoção e encontra-se em um lar temporário até ser adotado.
