Uma pesquisa feita pela empresa Skylight e divulgada pela Parents revelou um dado curioso (e muito real): 1 em cada 5 pais admite mentir para os filhos apenas para conseguir passar pelo dia. Em meio à rotina cansativa e cheia de tarefas, pequenas mentiras parecem, para muitos, um “atalho” inofensivo.
Mas até que ponto essas mentiras para os filhos realmente ajudam, e quando começam a atrapalhar a relação e a educação das crianças? Vamos entender melhor esse comportamento que, no fundo, muita gente conhece bem.
Por que mentir para os filhos?
Os pais costumam usar mentiras para os filhos para evitar conflitos ou facilitar tarefas simples. Por exemplo, frases como “já vamos sair” ou “se você não parar, o Papai Noel não vem esse ano” ajudam a conquistar a cooperação.
Além disso, quando o dia está cheio, cansativo e estressante, muitas vezes a única saída para manter a paz momentânea é contar uma “pequena mentirinha”. Dessa forma, eles conseguem administrar melhor o momento difícil.
Consequências além do imediato
No entanto, mentir com frequência, mesmo que “por bem”, prejudica a confiança. Quando a criança descobre que foi enganada várias vezes, ela pode se sentir insegura ou ressentida.
Além disso, crianças que vivenciam contradições entre o que lhes pedem (ser honestas) e o que observam (mentiras dos pais) tendem a reproduzir esse comportamento. Portanto, é importante refletir sobre o impacto dessas atitudes.
Quando pensar duas vezes antes de mentir para os filhos?
Se os pais usam a mentira para evitar situações embaraçosas ou poupar a sensibilidade da criança, vale a pena refletir: será que dá para preservar a verdade de outro jeito? Por exemplo, explicar limitações, usar metáforas ou adaptar a linguagem costumam funcionar.
Além disso, especialistas em psicologia infantil recomendam que os pais considerem sempre os sentimentos da criança. Dessa forma, a transparência, adaptada à idade, fortalece a confiança e constrói uma relação respeitosa.
Como esse hábito reflete em valores e na educação
As mentiras para os filhos afetam diretamente os valores que os pais querem transmitir: honestidade, empatia e responsabilidade. Quando as ações dos adultos contradizem esses valores, a mensagem confunde a criança.
Além disso, mentir “para poupar” evita conversas difíceis, mas também impede a criança de desenvolver habilidades para lidar com frustrações, dúvidas e medos, aprendizados fundamentais para o crescimento emocional. Por isso, é importante buscar equilíbrio na comunicação.
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