O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) apresentou um recurso visando a revogação da liberdade de Alexandre Nardoni, apontando-o como uma am3aça à sociedade e destacando sua condição psicológica problemática. Nardoni, condenado pela m0rte da filha Isabella em 2008, foi recentemente beneficiado com a progressão ao regime aberto.
A promotora responsável pelo caso argumentou que o ato cometido por Nardoni é de extrema gravidade, evidenciando características preocupantes como frieza emocional e falta de remorso. Uma avaliação psiquiátrica anterior indicou impulsividade e traços de transtorno de personalidade no condenado.
Na segunda-feira, 6 de maio, o MPSP pediu a suspensão da progressão de regime até que sejam realizados exames psiquiátricos detalhados. Até o momento, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) não se pronunciou sobre o pedido.
A soltura de Nardoni foi efetivada após decisão judicial favorável à sua progressão para o regime aberto, baseada em seu bom comportamento prisional e no cumprimento parcial da pena estipulada. A Secretaria da Administração Penitenciária confirmou o cumprimento do alvará de soltura.
Livre, Nardoni planeja residir com sua esposa, Carolina Jatobá, também condenada pelo mesmo crim3, e seus filhos na zona norte da capital paulista. Ele tem intenções de trabalhar na empresa familiar de construção civil.
O advogado de defesa, Roberto Podval, defendeu a decisão judicial como justa e necessária para a reintegração social do condenado. Contudo, essa visão é contrariada pela insistência do MPSP em realizar exames criminológicos complementares.
Alexandre Nardoni diz que é inocente e nega que matou Isabella
Em recente avaliação criminológica, Alexandre Nardoni, de 46 anos, reiterou sua inocência quanto ao h0micídio de sua filha Isabella, ocorrido em 2008. Condenado a 30 anos de prisão, Nardoni afirmou que persistirá na busca pelo esclarecimento dos fatos “enquanto houver vida”.
A análise destacou que Nardoni compreende a gravidade do acontecimento, embora não demonstre arrependimento por um ato que afirma não ter cometido. Relata ainda um profundo s0frimento pela perda da filha, considerando o encarceramento como uma jornada dolorosa mas de aprendizado. Nos últimos anos, ele tem se dedicado a reunir novas evidências que possam comprovar sua inocência.