
Cleide Renata Marques, que era auxiliar de enfermagem, tinha 43 anos e estava grávida de 13 semanas quando começou a apresentar sintomas de Covid-19. Ela aguardava o resultado dos exames, mas não resistiu e faleceu no último domingo, 22 de março.
A filha mais velha de Cleide, Bruna, fez diversos alertas sobre como a mãe foi tratada durante sua consulta, no dia 14 de março, no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos. Ela contou que a mulher tinha asma e que sua condição começou a ficar bem complicada.
“O hospital estava um caos. Não tinha álcool gel e não deram nenhuma máscara para nós. Ela saiu de lá com o acesso venoso ainda no braço, um absurdo”, contou ao G1.

Durante sua estadia em casa, a saúde da auxiliar de enfermagem piorou muito. A filha decidiu levar a mãe ao HGA, no dia 18 de março, onde ela foi testada para H1N1 e apresentou um quadro de pneumonia.
“Na quarta os médicos me disseram que ela estava estável, que a gravidez ia bem, sem nenhuma complicação e que eles estavam tratando”. No dia seguinte o quadro agravou.
“Os médicos me falaram que, apesar disso, seu quadro era estável e que estava respondendo ao tratamento. Eles me falaram que iam deixá-la na sedação por causa da falta de ar e porque ela era muito agitada”, continuou a filha. No domingo Cleide teve uma parada respiratória e não resistiu.
