Filipe Renovato, 28, esfaqueou a esposa Isabela Rosa Renovato, 23, e a sogra, Daniela Rosa, 43. A UOL entrevistou Edimar Santo, marido de Daniela, onde ele contou com detalhes o que de fato aconteceu no dia, e o motivo que levou Filipe a assassinar as duas mulheres.
“A Isabela e o Filipe terminaram havia um mês, mas ele ainda estava dormindo na casa até achar outro lugar para morar. Ele teria que deixar o imóvel nesta semana e acreditamos que por isso ele fez isso com elas”, conta Edimar Santos, marido de Daniela e padrasto de Isabela.
O homem de 28 anos matou a esposa e a sogra após fazê-las de refém por 3 horas. O criminoso utilizou uma faca que havia sido pega pela sogra por precaução, e esfaqueou as duas. Segundo a polícia, os vizinhos notaram por volta das 6h que as duas haviam sido esfaqueadas e mantidas reféns, e chamaram os policiais e o Corpo de Bombeiros.
“A Daniela morreu por tentar salvar a filha e a Isabela por não aceitar um relacionamento abusivo. Esperamos que a Justiça seja feita.” afirmou Edimar. Segundo o homem, as duas trabalhavam no turno da madrugada em uma fábrica. As duas haviam iniciado o turno às 22h e teriam deixado o local mais cedo após serem avisadas pelo irmão de Isabela que Filipe estava ameaçando ele e o filho do casal de morte.
“A Isabela foi para casa ver o que estava acontecendo e a mãe a acompanhou. Elas deixaram o trabalho por volta das 2h porque o Filipe estava muito alterado. Quando elas chegaram na casa, começou uma briga e ele passou a ameaçar a todos com facas.”, disse o homem.
O casal estava junto havia seis anos, mas segundo os familiares a relação entre eles era tumultuada. Essa não teria sido a primeira vez que Filipe agrediu a esposa e a sogra. “Ele tinha muitos ciúmes dela. Há uns dois anos, ele bateu na Isabela durante uma crise de ciúme e a Daniela foi defender a filha e também foi agredida com um soco no olho. Eles chegaram a se afastar um tempo, ficaram sem se falar, mas acabaram voltando”, lembra Edimar.
Ainda segundo o padrasto da jovem, dessa vez ela estava decidida a se separar e cogitava até mesmo mudar de cidade. “Minha família é do Mato Grosso do Sul e cogitamos mudar para lá. A Isabela iria acompanhar a mãe e começar uma nova vida”, acrescentou o padrasto.
Ainda segundo Edimar, Isabela e Daniela tinham uma relação de muita proximidade. Elas trabalhavam juntas como ajudantes de carga e descarga em uma fábrica na cidade e também estavam sempre presentes no dia a dia uma da outra. “Muitos dias a Daniela dormia na casa da Isabela para fazer companhia para ela. Aos finais de semana, elas também sempre estavam juntas em churrascos de amigos e com a família. Eram inseparáveis”, afirma Edimar.