Saúde

Mosquito maruim, principal transmissor da febre oropouche, é encontrado em 7 cidades do Nordeste

(Foto: Freepik)

Publicado em 13/08/2024, às 11h29 por Ana Luiza Messenberg


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O mosquito maruim, também conhecido como mosquito pólvora ou "polvinha", é significativamente menor que a muriçoca comum, mas tem se mostrado um vetor preocupante da febre oropouche em pelo menos sete cidades do Ceará. Além do Maciço de Baturité, onde se concentram os 122 casos confirmados até o momento, a presença do mosquito foi confirmada em outras regiões do estado.

A informação foi divulgada pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) na manhã desta segunda-feira, dia 12 de agosto, durante o seminário "Febre do Oropouche: como enfrentar a arbovirose no Ceará", realizado no auditório da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE).

Febre oropouche - (Foto: Scott Bauer/Agricultural Research Service/United States Department of Agriculture/Divulgação)

 

O maruim pertence à espécie Culicoides paraensis, nativa da América Central e do Sul. Estudos analisados pela Sesa indicam que, desde 2019, ele já estava presente em sete municípios cearenses. No entanto, a relevância para as equipes de entomologia era mínima até recentemente.

"Até então, ele só causava incômodo, porque não tinha muita relevância para as equipes de entomologia. Não era nossa prioridade, que geralmente é o que está ocorrendo mais de imediato", afirmou Luiz Osvaldo Rodrigues da Silva, biólogo e orientador da Célula de Vigilância Entomológica e Controle de Vetores (Cevet), durante a apresentação.

De acordo com os levantamentos anteriores, o maruim foi detectado em:

Barroquinha, no extremo norte do Ceará, e Russas, no Vale do Jaguaribe, ficam fora do Maciço, e até agora, as cidades não confirmaram casos da febre oropouche.

A espécie Culicoides inclui mais de 525 variedades identificadas no Brasil. O mosquito pólvora é pequeno e recebeu esse nome porque as pessoas "sentem a picada, mas não enxergam".

Mosquito transmissor da febre oropouche - (Foto: Fiocruz/Divulgação)

 

A Sesa identificou que os locais de proliferação incluem áreas com abundante matéria orgânica disponível, tais como:

O epidemiologista e secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Silva Lima Neto, confirmou que o vírus da febre oropouche começou a se disseminar com mais intensidade entre 2022 e 2023. Acredita-se que essa aceleração na transmissão possa ser decorrente de uma mutação viral ainda sob investigação.

Combater a doença passa por compreender o ciclo biológico do maruim. No Ceará, ele foi mais frequentemente detectado em áreas de mata úmida próximas a plantios como banana e chuchu. Devido ao fato do inseto não habitar residências e colocar ovos em solo molhado na mata, o controle químico via fumacê não é viável. Portanto, especialistas recomendam o uso de repelentes e evitar deslocamentos para áreas infestadas, especialmente para gestantes.

O Brasil foi o 1° país do mundo a registrar m0rte pela doença - (Foto: Bruna Lais Sena do Nascimento/ IEC)

 

Sintomas e Diagnóstico

Os principais sintomas relatados pelos pacientes cearenses incluem febre, dor de cabeça e dores no corpo — sintomas comuns a outras arboviroses como dengue e chikungunya. De acordo com o ministério da saúde, os sintomas são:

Os sintomas da febre oropouche são parecidos com os da dengue  - (Foto: Freepik)

 

Devido à semelhança com outras doenças virais transmitidas por mosquitos, as unidades de saúde primeiro testam para essas condições antes de investigar a presença do vírus OROV.

Prevenção

Segundo o boletim epidemiológico da Sesa sobre a febre oropouche, os casos investigados no Ceará têm local provável de infecção em zonas rurais. As melhores formas de prevenção incluem evitar contato com o vetor por meio de medidas individuais e coletivas:

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Palavras-chave
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