Em uma decisão no judiciário paulista, o desembargador João Augusto Garcia, integrante da 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), determinou a prisão imediata do jovem empresário Fernando Sastre Filho, 24 anos. Sastre Filho é acusado de provocar um trágico acidente de trânsito que resultou na morte de um motorista de aplicativo, após dirigir seu Porsche embriagado e em alta velocidade pelas ruas da capital.

A medida adotada pelo TJSP atende a um recurso apresentado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), que solicitou a prisão preventiva do empresário, argumentando a necessidade de sua custódia para assegurar o avanço das investigações. Anteriormente, pedidos similares haviam sido negados por juízes de primeira instância.
O acidente fatal ocorreu no dia 31 de março, quando Fernando Sastre Filho colidiu seu veículo contra um Renault Sandero conduzido por Ornaldo da Silva Viana, 52 anos, na Avenida Salim Farah Maluf, zona leste de São Paulo. O impacto foi tão severo que Viana faleceu pouco depois do ocorrido, vítima de traumatismo craniencefálico.

Além da morte do motorista, o acidente também deixou ferido Marcus Vinicius Machado Rocha, 22 anos, amigo de Sastre Filho que estava no Porsche no momento da colisão. Rocha sofreu fraturas em quatro costelas e teve que ser hospitalizado, resultando na perda do baço.
Controvérsias cercam o episódio, principalmente após relatos indicarem que o empresário foi liberado pela Polícia Militar no local do acidente sem realizar o teste do bafômetro, mesmo apresentando sinais evidentes de embriaguez. Esta decisão dos agentes está atualmente sob investigação.
Investigações posteriores revelaram que o Porsche trafegava a uma velocidade média de 156 km/h no momento do acidente, muito acima do limite permitido na área. Fernando Sastre Filho se apresentou à polícia mais de 36 horas após o incidente, alegando estar apenas “um pouco acima da velocidade máxima permitida”.
O caso ganhou ainda mais notoriedade após a divulgação de vídeos mostrando o momento da colisão e levantou questões sobre a responsabilidade e as consequências legais para aqueles envolvidos em acidentes de trânsito fatais sob influência alcoólica.